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Tempestade Perfeita: secretário-geral do Ministério da Defesa é arguido desde início de agosto, mas a ministra não o afastou

Tempestade Perfeita: secretário-geral do Ministério da Defesa é arguido desde início de agosto, mas a ministra não o afastou
Foto DR

João Ribeiro foi constituído arguido pelos crimes de abuso de poder e de falsidade informática no início de agosto. É suspeito de ter manipulado o sistema informático para fazer um pagamento antecipado a uma empresa acusada na operação “Tempestade Perfeita”, que contribuiu para a derrapagem nas obras do ex-Hospital Militar de Belém. O arguido foi escutado numa conversa com Alberto Coelho, o principal acusado do processo, e a PJ considera que mentiu para os autos no primeiro depoimento como testemunha. A ministra entende que deve continuar em funções.

Tempestade Perfeita: secretário-geral do Ministério da Defesa é arguido desde início de agosto, mas a ministra não o afastou

Hugo Franco

Jornalista

Tempestade Perfeita: secretário-geral do Ministério da Defesa é arguido desde início de agosto, mas a ministra não o afastou

Vítor Matos

Jornalista

O secretário-geral do Ministério da Defesa Nacional, João Ribeiro, foi constituído arguido no início de agosto, depois de ter sido interrogado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária, no âmbito do processo "Tempestade Perfeita". É suspeito dos crimes de abuso de poder e de falsidade informática, de acordo com informações obtidas pelo Expresso. Apesar de ter sido constituído arguido para ser investigado num processo autónomo à “Tempestade Perfeita” - tal como aconteceu com o ex-secretário de Estado da Defesa, Marco Capitão Ferreira -, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, manteve este alto funcionário em funções. Capitão Ferreira demitiu-se do seu cargo político no dia em que foi constituído arguido por corrupção, mas o mesmo não sucedeu com aquele dirigente, que é o responsável por toda a máquina do Ministério da Defesa Nacional (MDN), acima dos diretores-gerais.

O gabinete da ministra da Defesa reconhece em resposta ao Expresso que “foi informado da constituição de arguido do secretário-geral do ministério, mas não da natureza dos factos que levaram a essa circunstância. Não foi transmitida qualquer decisão cautelar de inibição do exercício de funções, pelo que se mantém no seu desempenho." A ministra não respondeu, porém, à pergunta do Expresso sobre se informou o primeiro-ministro do caso.

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