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Jornada Mundial da Juventude

Um olhar sobre a JMJ: o mundo está em Lisboa e a Igreja tem de estar no mundo

Um olhar sobre a JMJ: o mundo está em Lisboa e a Igreja tem de estar no mundo
NUNO BOTELHO

Uma onda de alegria e esperança encheu a capital. É preciso que contamine a Igreja em Portugal, que precisa de vencer o medo e falar com o mundo

Um olhar sobre a JMJ: o mundo está em Lisboa e a Igreja tem de estar no mundo

Eunice Lourenço

Editora de Política

Os polícias são muitos, mas simpáticos e prestáveis; os lisboetas que ficaram na cidade sorriem para quem quer que seja que lhes pareça peregrino da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Há quem tenha entregado a chave de casa aos estrangeiros que se disponibilizou a acolher. Ao terceiro dia da Jornada de Lisboa, as bandeiras que os peregrinos têm às costas ou que os grupos erguem nos mastros já não identificam as suas nacionalidades: muitos já trocaram e voltaram a trocar bandeiras, T-shirts, pulseiras e adicionaram-se uns aos outros nas redes sociais. No El Corte Inglés, à beira de um dos palcos principais do evento, as empregadas comentam como “são civilizados” estes jovens que por ali passam e uma delas até se espanta por não encontrar garrafas de cerveja nos caixotes do lixo no exterior da loja.

As ruas enchem-se de línguas, de cânticos e de palavras de ordem. O metro enche-se de gente e quem tem de trabalhar e apanhar transportes públicos desespera, naturalmente, nas horas de saída dos encontros no Parque Eduardo VII. Uma hora entre entrar na estação e conseguir chegar a uma carruagem no meio de jovens suados sem se queixar é só mesmo para quem já tem treino. Os mais novos, que estão a viver a sua primeira JMJ, demoraram a entrar na onda. No primeiro dia estranharam a multidão, incomodaram-se com os apertos nos transportes, mas ao segundo dia já queriam trazer os irmãos mais novos.

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