IPO do Porto usa “Medicina de Precisão” que “permite acelerar” o tratamento de cancros raros
Tratamento inovador dirige-se a “doentes com tumores raros” que têm opções “muito mais escassas”
Tratamento inovador dirige-se a “doentes com tumores raros” que têm opções “muito mais escassas”
O Centro de Medicina de Precisão do Instituto Português de Oncologia do Porto está a tratar cancros “que tenham visto esgotadas as opções de tratamento convencionais”. Em declarações ao “Diário de Notícias”, Júlio Oliveira, investigador e oncologista, explica que no Porto se faz a sequenciação do genoma e “se for encontrado algum destes biomarcadores (TRK, NTRK…) os doentes podem entrar no estudo e serem tratados”.
“Já tivemos muito mais doentes noutros ensaios, mas a particularidade deste estudo é que o desenho é fora da caixa“, sublinha o investigador. “Isto vai permitir acelerar muito o tratamento”, acrescenta. Júlio Oliveira explica que esta pode ser a ajuda para “doentes com tumores raros”: “onde as opções de tratamento são habitualmente muito mais escassas, porque é muito mais difícil desenhar ensaios clínicos para conclusões raras”.
Este tipo de testes, onde se analisam os genomas, têm o potencial de personalizar o tratamento do cancro. “O principal objetivo é trazer ensaios de maior valor para os doentes oncológicos dirigidos por biomarcadores para aumentarmos a probabilidade de expetativa de benefício para os doentes. Para isso era necessário implementar uma estratégia de medicina de precisão, permitindo que os doentes tenham acesso à sequenciação genómica”, revela Júlio Oliveira.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt