Incêndios

Proteção Civil alerta para medidas preventivas nas áreas ardidas devido à chuva

Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024
Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024
Horacio Villalobos

Cheias, deslizamentos, derrocadas e contaminação de fontes de água potável são preocupações, mas podem ser minimizadas

A Proteção Civil emitiu esta sexta-feira um alerta à população para tomarem medidas preventivas, especialmente nas áreas rurais ardidas mais expostas e vulneráveis, devido à previsão de chuva, por vezes fortes, a partir do final da tarde de sábado.

No aviso à população, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) lembra as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) de precipitação por vezes forte, em especial no litoral Norte e Centro, chuva que pode ser mais intensa nas terras altas das regiões Norte e Centro.

As primeiras chuvas são propícias a inundações em zonas urbanas, a cheias ou deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo, salienta a ANEPC.

A contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais é também uma preocupação da autoridade, assim como o arrastamento para as estradas de objetos soltos ou o desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

O eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através de comportamentos adequados, recomendando-se medidas preventivas como desobstruir os sistemas de escoamento das águas e retirar inertes.

Uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e com especial cuidado acerca de lençóis de água nas vias, também deve ser adotada, destaca, avisando para que não se atravessem zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas, e se esteja atento às informações da meteorologia e indicações das autoridades.

Segundo o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), o ano de 2025, até 31 de agosto, é o terceiro pior de sempre em termos de área ardida, com 17% dos grandes incêndios a começarem à noite.

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