Além da falta de meios aéreos, as máquinas de rasto são insuficientes para as necessidades sentidas no terreno
PAULO CUNHA
Vítor Correia, presidente da Câmara Municipal de Mirandela, explicou que a morte terá ocorrido na sequência de um acidente enquanto a vítima operava uma máquina de rasto. Segundo o autarca da Câmara, estava a ajudar na criação de uma zona de corta-fogo
Um homem de 65 anos morreu na terça-feira à noite, atropelado pela máquina de rasto que operava no combate ao incêndio em Mirandela, no distrito de Vila Real. A notícia foi avançada pelo autarca de Mirandela esta manhã, na antena da TSF.
Em declarações à rádio, Vítor Correia explicou que a morte terá ocorrido na sequência de um acidente enquanto a vítima operava a máquina. Segundo o presidente da Câmara, estava a ajudar na criação de uma faixa de contenção do fogo rural (zona de corta-fogo) quando foi atropelado.
"As circunstâncias em que tudo aconteceu ainda são desconhecidas", disse o comandante dos bombeiros de Mirandela, Luis Soares, em declarações à agência Lusa, acrescentando que o caso foi entregue à GNR.
"O homem de 65 anos, operador de uma máquina de rasto de uma empresa privada contratada pela autarquia de Mirandela, faleceu pouco antes da meia-noite", confirmou também o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O Presidente da República já reagiu à morte, apresentando “sentidos pêsames à família do operacional de entidade colaboradora da Câmara Municipal de Mirandela”.
O incêndio deflagrou em Mirandela no domingo e chegou a várias aldeias do concelho de Vila Flor. Às 9h45, o incêndio estava a ser combatido por 325 operacionais, com o apoio de 108 veículos e dois meios aéreos.