Incêndios

Fogo em Ponte da Barca ameaça habitações: autarca pede reforço de meios e proteção civil garante que foram reforçados

Perigo máximo de incêndio rural
Perigo máximo de incêndio rural
Brais Lorenzo

O incêndio deflagrou no sábado à noite e ainda está activo na zona de Lindoso, Ponte da Barca

O presidente da Câmara de Ponte da Barca pediu hoje a mobilização de mais meios, sobretudo aéreos, para combater o incêndio que deflagrou no sábado à noite em Parada, Lindoso, encontrando-se muito próximo de habitações.

Em declarações à Lusa, Augusto Marinho apelou para o reforço de meios aéreos apesar dos três meios aéreos a operar cerca das 17:39, que “considerou escassos”. "Precisamos de mais meios. Este terreno é acidentado e são necessários mais meios aéreos, urgentemente porque o combate apeado é muito difícil”, salientou, referindo que "durante a tarde foram solicitados mais meios aéreos, mas sem resultado".

"Só quando fogo começou a aproximar-se das casas é que chegaram", acrescentou.

Augusto Marinho referiu que o “a Estrada Nacional (EN) 203 está cortada e que o fogo está à porta das casas”, estando a ser ponderada “a retirada das pessoas das suas habitações”.

“O fumo é intenso e não consigo entrar no lugar de Parada [Parque Nacional da Peneda-Gerês]. Lanço um apelo para que venham mais meios aéreos socorrer as populações de Parada, no Lindoso”, frisou.

Augusto Marinho indicou que o fogo, que deflagrou às 21:47 de sábado, chegou “a estar mais controlo, mas de um momento para o outro, com o vento e a dificuldade do terreno descontrolou-se”. “Este é o momento de combater o fogo, mas depois não se pode adiar uma reflexão sobre os horários em que deflagram os incêndios florestais e a intensidade que atingem”, disse.

De acordo com a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 18:00 estavam empenhados no combate às chamas oito helicópteros, 92 operacionais e 25 viaturas.

Meios terrestres vão ser reforçados em Ponta da Barca com meios de outras zonas do país

Os meios terrestres vão ser reforçados ao longo desta noite no incêndio de Ponte da Barca, e "a prioridade" neste momento "é a defesa das infraestruturas, disse à Lusa um oficial do comando Nacional da Proteção Civil.

Porque na "linha de incêndio há várias habitações", sublinhou em declarações à Lusa esta noite o comandante Álvaro Fernandes, do Comando Nacional da Proteção Civil, vão estar envolvidas no combate a este fogo corporações de bombeiros de outras zonas do país.

O oficial confirmou que há um bombeiro com ferimentos ligeiros, mas disse não dispor da informação de que uma das casas já tenha ardido. Porém, não excluiu o facto de haver casas em risco e que populações possam vir a ser retiradas.

Por isso, "a prioridade é a defesa das infraestruturas", frisou.

Segundo aquele oficial, no local estão neste momento (pelas 22h) envolvidos no combate ao incêndio 116 operacionais e 37 viaturas.

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