Ainda há quase 300 escolas com amianto, um material que pode provocar cancro. A situação está a preocupar não só os pais como também as comunidades escolares e a associação Ambiental Zero, que considera que não se conhece a real dimensão do problema.
A escola secundária de Barcelinhos é uma das 282 escolas com amianto.
Com quase 40 anos, a secundária de Barcelinhos tem 2 mil metros quadrados de cobertura com placas de fibrocimento, que contêm amianto. Apesar dos pais e professores já terem reclamado obras urgentes, as pequenas reparações feitas até hoje não resolveram o problema e não há data para a requalificação desta escola com 600 alunos.
A lei de 2011 prevê a remoção de amianto em todos os edifícios públicos. No entanto, na lista divulgada pela Direção Geral do Tesouro e Finanças, ainda há 282 escolas com amianto, divididas em três categorias de prioridade.
Foram quase 300 escolas intervencionadas nos últimos 3 anos, mas Associação Zero e o Movimento Escolas Sem Amianto considera que o processo não tem sido transparente e que se desconhece a real dimensão do problema.
O Ministério da Educação diz que as obras são responsabilidade da Autarquia, no entanto, a Câmara de Barcelos diz que tem a seu cargo apenas a conservação dos edifícios, e que cabe ao Governo financiar todas as obras de requalificação nas escolas.
A petição lançada em 2019 pela Zero, FENPROF e Movimento Escola Sem Amianto foi a debate a semana passada na Assembleia e todas as propostas foram chumbadas, a não ser a do Partido Socialista, que recomenda a continuidade do programa de remoção de amianto tal como ele está.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt