Coronavírus

Ao fim de quase três anos, Macau põe fim às quarentenas obrigatórias em hotel

Ao fim de quase três anos, Macau põe fim às quarentenas obrigatórias em hotel
TATIANA LAGES

A nova regra entra em vigor às 00h de sábado (16h de sexta-feira em Lisboa) e contempla todos aqueles – infetados ou não – que cheguem de Hong Kong, de Taiwan e do exterior

O Governo de Macau anunciou esta sexta-feira o fim da obrigatoriedade das quarentenas em hotéis à chegada ao território, alterando uma medida implementada há quase três anos.

A nova regra entra em vigor às 00h de sábado (16h de sexta-feira em Lisboa) e contempla todos aqueles – infetados ou não – que cheguem de Hong Kong, de Taiwan e do exterior, já que quem vinha do interior da China não era obrigado a cumprir observação médica num hotel designado pelas autoridades.

De acordo com um comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, quem chegar a Macau vai ter de cumprir agora cinco dias de quarentena no domicílio ou no hotel onde escolheu hospedar-se.

Se à chegada ao território, uma pessoa apresentar um teste positivo à covid-19, o código de saúde ficará vermelho, o que significa que não pode deslocar-se a outras residências, participar em refeições ou reuniões e ir ao hospital por razões não essenciais.

Caso o teste seja negativo, o código estabelecido é o amarelo, estando vedada também a participação em refeições ou aglomerações.

Ao longo destes cinco dias e para que o código de saúde fique verde, ou seja sem restrições de movimento, terão de ser realizados diariamente testes à covid-19.

Até à 00h do 9.º dia depois da entrada em Macau, “está proibida” a entrada no interior da China.

A nova regra surge na sequência de um alívio gradual das medidas de prevenção da covid-19, anunciado na semana passada pelas autoridades e em vigor desde segunda-feira.

Macau, que seguia até agora a política chinesa zero covid, apostando em testagens em massa, confinamentos de zonas de risco e quarentenas, registou desde o início da pandemia sete mortes e mais de 3300 casos, incluindo assintomáticos. A partir de agora e tal como na China, as autoridades deixaram de apresentar dados para os casos assintomáticos.

“Atualmente a transmissibilidade é alta e é fácil de se recuperar após a infeção. Em Macau, a taxa de vacinação é superior a 90%, pelo que há condições para o ajustamento das medidas de prevenção e controlo da epidemia”, anunciou a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong, numa conferência de imprensa, na semana passada.

A responsável estimou que, nesta nova fase de convivência com o vírus, “a população infetada possa chegar a ser entre 50% a 80%”.

O Governo começou também a distribuir gratuitamente kits antipandémicos à população, que incluem, entre outros, antipiréticos, testes rápidos de antigénio e máscaras KN95.

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