Coronavírus

Covid-19: Agência Europeia de Medicamentos aprova comercialização de vacina da Novavax

Covid-19: Agência Europeia de Medicamentos aprova comercialização de vacina da Novavax
DADO RUVIC/REUTERS

A Comissão Europeia autorizou esta segunda-feira a comercialização na União Europeia da vacina Nuvaxovid, da farmacêutica norte-americana Novavax, contra a covid-19, para pessoas com mais de 18 anos. A luz verde de Bruxelas acontece horas depois da recomendação positiva da Agência Europeia de Medicamentos

Covid-19: Agência Europeia de Medicamentos aprova comercialização de vacina da Novavax

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

A autorização de entrada no mercado da vacina norte-americana contra a covid-19 Nuvaxovid foi formalmente aprovada por Bruxelas, após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) ter concluído que os dados sobre a vacina eram robustos e satisfaziam os critérios da União Europeia (UE) em termos de eficácia, segurança e qualidade.

"Adicionamos hoje uma quinta vacina à nossa carteira de vacinas seguras e eficazes", fez saber, em comunicado, a Comissária da Saúde. Stella Kyriakides sublinha que se "trata da primeira vacina à base de proteínas, que apresenta resultados promissores contra a COVID-19", salientando ainda que a "a vacinação e a dose de reforço são mais importantes do que nunca" para travar a atual vaga de infeções e contrariar o surgimento e a propagação de novas variantes, como a Ómicron.

A avaliação científica começou a 17 de novembro, num prazo acelerado, sendo a Nuvaxovid a quinta vacina a receber autorização para ser comercializada na UE, juntando-se às da AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Janssen.

Na sequência a recomendação da EMA, a Comissão Europeia aprovou a vacina da Novavax, com quem assinou contrato em agosto passado. A empresa biotecnológica poderá agora começar a fornecer à UE até 100 milhões de doses, sendo que o contrato prevê ainda a opção de compra adicional de outras 100 milhões de doses durante 2022 e 2023.

"As primeiras doses deverão chegar nos primeiros meses de 2022 e, para este primeiro trimestre, os Estados-Membros encomendaram cerca de 27 milhões de doses", adianta o executivo comunitário em comunicado.

Bruxelas acredita que as doses da Novavax podem dar uma ajuda na aceleração da administração das doses de reforço, numa altura em que alguns países se queixam de escassez de doses para terceiras doses.

Durante o primeiro trimestre, a BioNtech-Pfizer vais entregar um total de 215 milhões de doses e na semana passada, a Comissão também acordou com a Moderna a entraga de doses adicionais no mesmo período.

Eficácia de 90%

No seu conjunto, os resultados de dois estudos mostram uma eficácia vacinal para Nuvaxovid de cerca de 90% para a estirpe original do SARS-CoV-2 e algumas variantes preocupantes como Alpha e Beta.

Os dados em relação à eficácia da vacina contra outras variantes preocupantes, incluindo a Ómicron, são ainda limitados, sublinha a EMA.

A Nuvaxovid é uma vacina que contém suficientes fragmentos de uma proteína que é exclusiva do vírus para que o sistema humanitário a reconheça e responda produzindo defesas contra a infeção pelo SARS-CoV-2.

A autorização é válida para os 27 Estados-membros, mas a vacina da Novavax não deverá ser utilizada em Portugal uma vez que, segundo foi adiantado em julho, não está incluída no planeamento da vacinação contra a covid-19.

Na UE está autorizada a comercialização de quatro vacinas anticovid-19: Pfizer BioNtech, Moderna, Astrazeneca e Johnson&Johnson.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.778 pessoas e foram contabilizados 1.225.102 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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