Coronavírus

“Não creio que não haja transparência”. Graça Freitas rejeita “sigilo” no parecer da vacinação das crianças

“Não creio que não haja transparência”. Graça Freitas rejeita “sigilo” no parecer da vacinação das crianças
TIAGO PETINGA

A diretora-geral da Saúde esclarece que este tipo de documentos “não são secretos”, mas são “internos” e “não é habitual serem divulgados”. Ainda assim, garante que vai ser publicado não o parecer mas “uma nota técnica relativamente extensa a explicar todos os procedimentos que estiveram na base da decisão” de vacinar os mais novos. Já o período de isolamento para casos suspeitos de contaminação com a Ómicron foi alargado para 14 dias

“Não creio que não haja transparência”. Graça Freitas rejeita “sigilo” no parecer da vacinação das crianças

Mara Tribuna

Jornalista

Graça Freitas rejeita que haja falta de “transparência” ou “sigilo” no parecer técnico que fundamenta a vacinação contra a covid-19 das crianças dos 5 aos 11 anos. A diretora-geral da Saúde esclarece que este tipo de documentos “não são secretos”, mas são “internos” e “não é habitual serem divulgados”.

“Não há sigilo. Houve um parecer dos pediatras e dos especialistas em saúde infantil que foi entregue à Comissão Técnica de Vacinação e foi um dos muitos documentos em que a comissão se baseou para dar o seu ponto de situação técnica à Direção-Geral da Saúde”, disse Graça Freitas em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, no Montijo.

A diretora-geral da Saúde foi questionada sobre a “falta de transparência” mencionada por partidos como o PSD e a Iniciativa Liberal, que exigem que o parecer dos especialistas da DGS sobre a vacinação dos mais novos seja tornado público.

“Não creio que não haja transparência. Esses pareceres depois são vertidos em notas de imprensa e comunicados que resumem, no fundo, o parecer, e depois são vertidos para normas da DGS. Essas normas remetem para documentos e estudos que foram consultados, e que qualquer pessoa pode consultar”, respondeu.

Ainda está a ser definido o intervalo entre as duas doses pediátricas — a Comissão Técnica de Vacinação está reunida esta tarde. “Trata-se de um processo por etapas”. No final do processo, a DGS vai publicar não o parecer mas “uma nota técnica relativamente extensa a explicar todos os procedimentos que estiveram na base da decisão”, adiantou ainda.

Outros detalhes sobre o plano de inoculação dos mais novos vão ser dados esta sexta-feira, numa conferência de imprensa da DGS em conjunto com o Ministério da Saúde.

Ómicron vai exigir isolamento de 14 dias

O período de isolamento para casos de covid-19 suspeitos de contaminação com a Ómicron foi alargado para 14 dias, por ainda se desconhecer o comportamento da nova variante, disse hoje a diretora-geral da Saúde.

“São medidas temporárias de precaução até termos mais informação científica que nos explique melhor como é que a variante se comporta, se tem o mesmo período de incubação, se tem o mesmo período de infecciosidade”, explicou Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde acrescentou que esta orientação foi já emitida e determina ainda um rastreio de contactos mais alargado.

“Se houver suspeita que um surto, um caso tem alguma ligação com a hipótese da variante nova, a Ómicron, então os contactos são isolados de uma forma mais alargada e por um período maior”, disse.

Notícia atualizada às 16h06

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