Coronavírus

Covid-19: Pfizer garante que vacina provoca forte resposta imunitária nas crianças entre os 5 e os 11 anos

Covid-19: Pfizer garante que vacina provoca forte resposta imunitária nas crianças entre os 5 e os 11 anos
CARLOS OSORIO/REUTERS

A vacina contra a covid-19 da Pfizer e da BioNTech é segura e parece gerar uma resposta imunitária robusta nas crianças dos cinco aos 11 anos, anunciaram as empresas com base num ensaio clínico. Os resultados ainda não foram revistos por pares nem publicados numa revista científica

Covid-19: Pfizer garante que vacina provoca forte resposta imunitária nas crianças entre os 5 e os 11 anos

Mara Tribuna

Jornalista

A vacina contra a covid-19 da Pfizer/ BioNTech demonstrou ser segura e altamente eficaz em crianças pequenas, dos cinco aos 11 anos, anunciaram as empresas esta segunda-feira de manhã.

Os dados devem ser revistos pela autoridade reguladora do medicamento dos Estados Unidos (Food and Drug Administration, FDA) antes de as crianças poderem ser inoculadas, avança a imprensa norte-americana. A Pfizer e a BioNTech tencionam pedir à FDA autorização para utilizar a vacina nas crianças destas faixas etárias ainda este mês.

A Pfizer e a BioNTech anunciaram os resultados numa declaração que não incluía dados muito detalhados sobre o ensaio. Os resultados ainda não foram revistos por pares nem publicados numa revista científica.

O ensaio incluiu 2268 crianças entre os cinco e os 11 anos. Destes, dois terços receberam duas doses da vacina com três semanas de intervalo. As restantes foram inoculadas com duas doses de placebo.

As crianças que receberam a vacina produziram uma resposta imunitária forte, semelhante aos níveis de anticorpos observados nos ensaios anteriores dos participantes com idades entre os 16 e os 25. Mas as crianças dos cinco aos 11 anos conseguiram esta resposta com apenas 10 microgramas da vacina — um terço da dose dada a crianças mais velhas e adultos.

Em doses mais elevadas, os investigadores observaram mais efeitos secundários nas crianças mais novas, incluindo febre, dores de cabeça e fadiga, embora nenhum fosse grave, segundo o vice-presidente sénior da Pfizer e também pediatra, Bill Gruber. Com os 10 microgramas, “estamos de facto a ver após a segunda dose menos febre e menos calafrios do que vemos nos jovens dos 16 aos 25 anos”.

Como é raro as crianças ficarem gravemente doentes, o ensaio não foi suficientemente abrangente para tirar conclusões significativas sobre a capacidade de a vacina prevenir a doença ou a hospitalização.

De acordo com Bill Gruber, os resultados dos ensaios para crianças com menos de cinco anos não são esperados até ao quarto trimestre deste ano.

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