Coronavírus

Linhas vermelhas da covid-19. Casos, internamentos em UCI e mortes com “tendência decrescente”

Linhas vermelhas da covid-19. Casos, internamentos em UCI e mortes com “tendência decrescente”
Horacio Villalobos/Getty Images

Relatório de monitorização das linhas vermelhas aponta para uma diminuição na incidência, no número de internamentos em cuidados intensivos e também nas mortes por covid-19 em Portugal. A variante Delta continua a ser dominante em todas as regiões, responsável por 99,7% dos casos

Linhas vermelhas da covid-19. Casos, internamentos em UCI e mortes com “tendência decrescente”

Mara Tribuna

Jornalista

A incidência da covid-19 em Portugal é de 166 casos por 100 mil habitantes, com uma “tendência decrescente a nível nacional” no número de novas infeções. Nenhuma região apresentou uma incidência superior à linha vermelha definida (acima de 480 casos em 14 dias por 100 000 habitantes).

Os dados são do relatório de monitorização das linhas vermelhas, divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Dr. Ricardo Jorge (INSA).

A pressão sobre os cuidados de saúde continua a descer. O número de casos de covid internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) “no continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 40% (na semana anterior foi de 50%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

A faixa etária com o maior número internamentos em UCI devido à covid corresponde ao grupo dos 60 aos 79 anos — 57 casos neste grupo etário a 15/09/2021, detalha a publicação

A par da incidência e dos internamentos em UCI, a mortalidade por covid-19 também “apresenta uma tendência estável decrescente”, lê-se no relatório das linhas vermelhas.

E o R(t), o índice de transmissibilidade, está abaixo de 1 (0,83) a nível nacional, o que também acontece em todas as regiões de Portugal.

“A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de infeção por SARS-CoV-2 de moderada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, assim como uma tendência decrescente na pressão sobre os serviços de saúde e na mortalidade por covid-19”, conclui o relatório.

Delta continua a ser a variante dominante

Segundo a análise feita na semana de 30 de agosto a 5 de setembro pelo INSA, só foram encontrados casos da variante Delta e Gamma em Portugal.

Não foi detetado qualquer caso na amostragem aleatória da Alpha (identificada pela primeira vez no Reino Unido) ou da Beta (detetada inicialmente na África do Sul). Por isso, a frequência relativa destas duas variantes “a nível nacional foi de 0,0%” nas semanas em análise.

Já a Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, continua a ser “a variante dominante em todas as regiões de Portugal”, com uma frequência relativa de 99,7% dos casos avaliados na semana de 30 de agosto a 5 de setembro.

Por último, a frequência relativa da variante Gamma (P.1 ou associada a Manaus, Brasil) a nível nacional foi de 0,3%, uma vez que foi detetado um caso na amostragem aleatória. “Estes dados representam uma transmissão pouco frequente em território nacional”, tranquiliza ainda o relatório.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mtribuna@expresso.impresa.pt

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