Covid. Um milhão de infetados: os erros que cometemos, o que fizemos bem e como ficou “mais fácil governar porque as pessoas estão dóceis”
“Pareceu-me exagerado dizer que 10% da população podia ser infetada. O tempo veio dar razão à diretora-geral da Saúde”, admite ao Expresso o epidemiologista e médico de saúde pública Ricardo Mexia. Portugal atingiu este sábado o milhão de infetados, um marco simbólico que obriga a uma reflexão bem real sobre como chegámos até aqui: os especialistas ouvidos pelo Expresso identificam alguns erros graves no combate ao vírus, sobretudo o que se passou no Natal e a contínua comunicação deficiente da parte das autoridades; destacam duas enormes virtudes - a preparação da generalidade da população para rejeitar o negacionismo e uma comunidade médica muito bem preparada e abnegada; apontam ainda uma mudança de paradigma ao nível do poder (“assistimos à ascensão de poderes paralelos ao Governo”) e da maneira como agora se governa devido à pandemia
