Coronavírus

Variante Delta já representa mais de 60% dos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo

Variante Delta já representa mais de 60% dos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo
ANDRÉ KOSTERS/LUSA

A variante indiana do vírus SARS-CoV-2 tem já uma prevalência superior a 60% na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo os resultados preliminares de junho do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Variante indiana é 60% mais contagiosa do que a variante britânica, que está a perder força

Variante Delta já representa mais de 60% dos casos na região de Lisboa e Vale do Tejo

Rita Dinis

Jornalista

A variante indiana (Delta), mais contagiosa, está a ganhar força e é hoje já a variante do vírus dominante na região de Lisboa, com uma prevalência superior a 60%. Na região Norte, a prevalência desta variante altamante contagiosa ainda é inferior a 15%. São estes os resultados preliminares das sequenciações do vírus obtidas no mês de junho, e analisadas pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Já a variante Alfa, associada ao Reino Unido, tem uma prevalência de 80% na região Norte, e de cerca de 30% na região de Lisboa e Vale do Tejo. "Recorde-se que se estima que a variante Delta (indiana) tenha um grau de transmissibilidade cerca de 60% superior à variante Alfa (britânica)", nota o INSA.

De acordo com um comunicado do INSA enviado às redações, trata-se de resultados preliminares obtidos através da análise de uma parte das amostras positivas de Covid-19 recolhidas em Portugal no mês de junho e que ainda continuarão a ser analisadas. Ainda assim, "estes resultados permitem conhecer melhor a prevalência das principais variantes genéticas do SARS-CoV-2 em Portugal, nomeadamente nas regiões LVT e Norte, nas quais a amostragem é mais significativa".

Outra das conclusões do estudo aponta para o facto de a mutação associada à variante de África do Sul, que estava a preocupar as autoridades de saúde do Reino Unido, "não ganhou expressão relevante em Portugal". O mesmo para a variante brasileira (de Manaus), que representa apenas cerca de 3% dos casos positivos, tanto no Norte como na região de Lisboa, mantendo os mesmos valores estimados para o mês de maio. Ou seja, não está a ganhar força.

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