Coronavírus

“Não podia ignorar que dois terços dos problemas estão na Área Metropolitana de Lisboa”, diz Costa

“Não podia ignorar que dois terços dos problemas estão na Área Metropolitana de Lisboa”, diz Costa
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O primeiro-ministro justificou assim a medida adotada para a AML que entra em vigor esta sexta-feira, com a proibição de entrada e saída a partir das 15h e até às 6h de segunda. “As pessoas têm de ter responsabilidade. O que foi adotado é a medida da razoabilidade”, acrescentou

“Não podia ignorar que dois terços dos problemas estão na Área Metropolitana de Lisboa”, diz Costa

Hélder Gomes

Jornalista

António Costa apelou ao comportamento individual responsável no combate à pandemia de covid-19, justificando a medida adotada para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) que entra em vigor esta sexta-feira, com a proibição de entrada e saída da AML a partir das 15h e até às 6h de segunda. “As pessoas têm de ter responsabilidade. O que foi adotado é a medida da razoabilidade”, disse em Bruges, na Bélgica, à margem da sessão de encerramento do ano académico do Colégio da Europa.

Afirmando que não podia ignorar a situação naquela área, formada por 18 concelhos e 2,9 milhões de pessoas, Costa acrescentou que “quando se vê que dois terços dos problemas estão na AML, a primeira medida a tomar é evitar a expansão para o resto do país”. “O que manda o bom senso é fazer tudo o que é necessário e nada mais do que é necessário”, disse ainda.

Lembrando a contratação recente de trabalhadores pelas empresas de restauração e hotelaria, o primeiro-ministro aludiu às consequências que o comportamento de alguns grupos poderá trazer para o sector e não só. Um eventual recuo será “uma coisa brutal na economia”. “Não podemos andar para trás e a melhor forma é cada um fazer o que lhe compete”, recomendou. E insistiu que “o comportamento de poucos pode vir a destruir o trabalho de muitos”.

Relativamente à falta de sintonia entre o primeiro-ministro e o Presidente da República, Costa declarou: “Já todos aprendemos que devemos ter muita cautela sobre o que formulamos para o futuro.” Além disso, Marcelo Rebelo de Sousa já clarificou que se referia ao estado de emergência, “aquele em que é necessária a intervenção do Presidente da República”, lembrou.

O número de postos e dos horários para a vacinação na região de Lisboa aumentará, estando já a ser utilizados nas ações de inoculação enfermeiros que se encontravam em funções de registo, anunciou também. Atualmente com uma média de “90 mil por dia”, a meta de vacinação de 100 mil pessoas, prevista para este mês, “está praticamente a acontecer”.

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