Coronavírus

Governo discute plano de desconfinamento. Bares querem reabrir com as mesmas regras dos restaurantes

Governo discute plano de desconfinamento. Bares querem reabrir com as mesmas regras dos restaurantes
MANUEL DE ALMEIDA

Critérios vão ser discutidos na reunião do Conselho de Ministros esta quarta-feira. Regras sanitárias para o verão também serão aprovadas

O Governo vai discutir, na reunião do Conselho de Ministros desta quarta-feira, o plano de regras sanitárias preventivas de contágio por covid-19, que, em princípio, vigorarão a partir de 14 de junho. Neste momento, o grupo de especialistas apresentou ao Governo um plano de continuidade para o desconfinamento em que defende que as regras aplicadas aos restaurantes sejam aplicadas aos bares.

“Para os três níveis, propomos um conjunto de regras gerais: estar sentado à mesa, cumprimento de distanciamento entre mesas de dois metros, medidas de distanciamento em função do número de pessoas por metro quadrado e utilização obrigatória de máscaras exceto no momento da refeição”, disse a médica e ex-secretária de Estado Raquel Duarte, citada pelo jornal “i”.

A especialista esclarece que aquilo que não é recomendado “são situações em que as pessoas deambulam de um lado para o outro”, uma vez que “são locais onde o risco de transmissão é muito grande”. A equipa de especialistas é contra a abertura de espaços com pista de dança.

“Um local onde uma pessoa vai ouvir música, beber uma bebida, fica sentada distanciada da outra mesa, é diferente de um sítio onde há grandes aglomerações, as pessoas estão a beber, deixa de haver distanciamento”, explica. No entanto, o "Público" cita um membro do Governo que frisa que dificilmente os bares e discotecas poderão abrir durante o verão.

No plenário de ministros, o Governo vai discutir o ajustamento dos critérios de risco para os concelhos de baixa densidade populacional. A possível mudança pretende responder à especificidade dos concelhos com baixa densidade populacional, fazendo o Executivo ponderar o reajustamento do critério de risco relativo à média do número de novos casos por cem mil habitantes nos últimos catorze dias.

Segundo o jornal “Público”, o Governo entende que, nos concelhos pouco povoados, a existência de poucos casos pode empurrar rapidamente esses territórios para o estado de alerta ou mesmo para confinamento. Esse motivo, leva o Executivo a ponderar vir a incorporar ajustes que respondam à natureza específica desses territórios. O mesmo jornal avança que a matriz de risco não vai ser alterada.

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