Governo discute plano de desconfinamento. Bares querem reabrir com as mesmas regras dos restaurantes

Critérios vão ser discutidos na reunião do Conselho de Ministros esta quarta-feira. Regras sanitárias para o verão também serão aprovadas
Critérios vão ser discutidos na reunião do Conselho de Ministros esta quarta-feira. Regras sanitárias para o verão também serão aprovadas
O Governo vai discutir, na reunião do Conselho de Ministros desta quarta-feira, o plano de regras sanitárias preventivas de contágio por covid-19, que, em princípio, vigorarão a partir de 14 de junho. Neste momento, o grupo de especialistas apresentou ao Governo um plano de continuidade para o desconfinamento em que defende que as regras aplicadas aos restaurantes sejam aplicadas aos bares.
“Para os três níveis, propomos um conjunto de regras gerais: estar sentado à mesa, cumprimento de distanciamento entre mesas de dois metros, medidas de distanciamento em função do número de pessoas por metro quadrado e utilização obrigatória de máscaras exceto no momento da refeição”, disse a médica e ex-secretária de Estado Raquel Duarte, citada pelo jornal “i”.
A especialista esclarece que aquilo que não é recomendado “são situações em que as pessoas deambulam de um lado para o outro”, uma vez que “são locais onde o risco de transmissão é muito grande”. A equipa de especialistas é contra a abertura de espaços com pista de dança.
“Um local onde uma pessoa vai ouvir música, beber uma bebida, fica sentada distanciada da outra mesa, é diferente de um sítio onde há grandes aglomerações, as pessoas estão a beber, deixa de haver distanciamento”, explica. No entanto, o "Público" cita um membro do Governo que frisa que dificilmente os bares e discotecas poderão abrir durante o verão.
No plenário de ministros, o Governo vai discutir o ajustamento dos critérios de risco para os concelhos de baixa densidade populacional. A possível mudança pretende responder à especificidade dos concelhos com baixa densidade populacional, fazendo o Executivo ponderar o reajustamento do critério de risco relativo à média do número de novos casos por cem mil habitantes nos últimos catorze dias.
Segundo o jornal “Público”, o Governo entende que, nos concelhos pouco povoados, a existência de poucos casos pode empurrar rapidamente esses territórios para o estado de alerta ou mesmo para confinamento. Esse motivo, leva o Executivo a ponderar vir a incorporar ajustes que respondam à natureza específica desses territórios. O mesmo jornal avança que a matriz de risco não vai ser alterada.
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