As pessoas entre os 20 e os 30 anos podem começar a ser vacinadas contra a covid-19 já em agosto, avançou o coordenador da task-force para o plano de vacinação esta terça-feira de manhã, a propósito da conferência iHealth em Lisboa.
Quem tem mais de 30 anos vai acabar de ser inoculado "entre o fim de julho e o início de agosto". "Portanto, nessa altura vamos começar a vacinar as pessoas com mais de 20 anos", afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo em declarações aos jornalistas.
"É natural que no início de agosto estejamos a vacinar pessoas na faixa etária dos 20 aos 30 anos", reforçou.
Além disso, a partir do próximo domingo, dia 6 de junho, as pessoas com mais de 40 anos serão chamadas através do agendamento local (centros de saúde). Uma semana depois é aberto o agendamento online.
Também as pessoas que tiveram covid-19 há seis meses já podem agendar a vacinação. "Essa restrição que havia na base de dados já foi retirada", assegurou o vice-almirante, e há pessoas recuperadas da doença que já estão a ser imunizadas.
Sobre o autoagendamento online, o coordenador da task-force afirmou que este processo "não tem causado problemas". O que acontece é que "a capacidade que existe para as pessoas agendarem online por vezes termina porque já ocuparam as vagas todas e há quem fique em lista de espera até que se abra mais uma semana de vacinação", explicou.
O fluxo já chegou a ser tão grande que ficaram cerca 60 mil pessoas a aguardar para agendar a vacinação, mas dessas "já só há quatro mil pessoas à espera", adiantou ainda. E "mesmo que a pessoa não consiga agendar-se, será sempre chamada", garantiu Gouveia e Melo.
Por último, sobre a imunização das crianças, o coordenador da task-force remeteu as questões para a Direção-Geral da Saúde (DGS), porque é ela "a autoridade de saúde pública" do país.
Ainda assim, avançou que pode nem ser necessário vacinar as crianças porque assim que se começar a inocular a faixa etária dos 18 anos, o país terá "mais de 90% da população imunizada". Neste sentido, é "muito pouco provável" que o vírus continue a persistir na comunidade.
Finalmente, a propósito da vacinação contra a covid-19 de mulheres grávidas, Gouveia e Melo remeteu o assunto também para a DGS.
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