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Coronavírus

Covid-19. Um terço dos doentes graves tem alterações cardíacas

Nesta imagem, os pericitos cardíacos (a verde) revestem os capilares (a vermelho). Os pericitos são as principais células afetadas pela infecção covid no coração.
Nesta imagem, os pericitos cardíacos (a verde) revestem os capilares (a vermelho). Os pericitos são as principais células afetadas pela infecção covid no coração.
DR.

Resultados preliminares de um estudo conduzido por uma equipa do Hospital de São João revelam que um terço dos doentes com formas graves da covid-19 tem modificações no funcionamento do coração. No estado agudo da doença, as alterações podem chegar a comprometer a sobrevivência dos doentes. A longo prazo “podem representar um risco de doença cardíaca”

Covid-19. Um terço dos doentes graves tem alterações cardíacas

Joana Ascensão

Jornalista

Desde cedo que surgiram relatos de casos de inflamação e insuficiência cardíaca grave (miocardite) associada à covid-19, o que fez a comunidade científica desconfiar da interação do vírus com o coração. Quando se percebeu que o SARS-CoV-2 entrava nas células humanas através de uma ligação entre a proteína vírica S (de Spike) e o recetor de membrana ECA2 (de Enzima Conversora da Angiotensina 2), tornou-se evidente como.

É que “esse recetor não existe só no pulmão. Também existe muito no coração”, afirma Roberto Roncon, coordenador de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto. Para a equipa que coordena e que há dez anos investiga a forma como as infeções graves fazem adoecer o coração, parecia “impossível” que o SARS-CoV-2 não acarretasse “implicações cardíacas”.

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