Conselho de Reitores exige vacinação prioritária dos trabalhadores do ensino superior
Alguns professores recusam dar aulas presenciais enquanto não forem vacinados
Alguns professores recusam dar aulas presenciais enquanto não forem vacinados
O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) culpa o ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, pelo facto de os professores e os funcionários deste sector ainda não terem sido vacinados. O CRUP diz que “não há nenhuma razão científica que justifique” o facto da comunidade profissional do ensino superior não ter sido incluída nos grupos prioritários de vacinação - o que aconteceu com os trabalhadores dos outros níveis de ensino.
O presidente do CRUP, António Sousa Pereira, confessa, em declarações ao jornal “Público”, que a exclusão do ensino superior dos grupos prioritários causou “um grande desconforto”. Neste momento, segundo adianta Sousa Pereira, há professores universitários que estão a “recusar dar aulas presencialmente enquanto não forem vacinados”.
A presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup), Mariana Gaio Alves, confirmou que alguns professores estão a fazer greve. No início do ano letivo, o Snesup apresentou um aviso de greve, ainda em vigor, que permite aos professores recusarem dar aulas sempre que considerem não estar reunidas condições sanitárias. Desde o regresso às aulas presenciais, a 19 de abril, houve “vários colegas a recorrer” a esta prerrogativa.
António Sousa Pereira refere que “não há nenhuma razão científica que justifique” a exclusão dos docentes e funcionários do ensino superior das prioridades da vacinação, explicando que, desde o início do ano, “surgiram surtos no ensino superior, mais até do que no ensino obrigatório”.
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