Reações graves a vacinas representam 0,1% em Portugal
Os dados do Infarmed revelam que foram notificadas 2284 reações adversas. Destas, quase metade foram consideradas graves
Os dados do Infarmed revelam que foram notificadas 2284 reações adversas. Destas, quase metade foram consideradas graves
Num total de 972.183 doses de vacinas contra a covid-19 administradas em Portugal, o Infarmed recebeu, até ao dia 3 de março, 2284 notificações de reações adversas às respetivas vacinas. Segundo os dados analisados pelo "Jornal de Notícias", e divulgados na página da Autoridade Nacional do Medicamento, do total de reações adversas quase metade (1029) foram classificadas como graves, o que significa que 0,1% das pessoas que foram vacinadas com uma das três vacinas autorizadas em Portugal desenvolveram reações graves.
E reações graves, escreve o mesmo jornal, não significa que a vida da pessoa seja colocada em risco: para esta classificação, basta que a reação seja incapacitante.
Das mais de duas mil notificações recebidas pelo Infarmed, 15% referem-se a reação no local da injeção, 13% a dores musculares ou nas articulações, 11% a cefaleia, 9% a febre, 6% a fadiga ou cansaço e 46% a outras reações. Os dados revelam ainda que foram registadas seis mortes que ocorreram depois da vacinação. "Estes casos foram avaliados e em nenhum deles se estabeleceu uma associação direta entre a administração da vacina e o óbito", escreveu o Infarmed.
Ao "Jornal de Notícias", Jorge Apolónia, coordenador da Unidade de Farmacologia do Porto, explicou que o perfil das reações adversas é semelhante ao perfil das reações de outras vacinas, como a da gripe, por exemplo: "A proporção é a mesma e o tipo de reações é o mesmo. Isto não tem nada a ver com a vacina."
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