Coronavírus

Bélgica quer comprar vacinas AstraZeneca que os congéneres europeus rejeitaram

Bélgica quer comprar vacinas AstraZeneca que os congéneres europeus rejeitaram
YVES HERMAN/Reuters

A Bélgica, um dos países europeus mais atingidos pela pandemia, quer aplicar as doses da vacina da AstraZeneca rejeitadas pelos outros Estados-membros da UE para dinamizar a sua campanha de combate à doença. Já registou mais de 22 mil óbitos por covid-19

A Bélgica quer que a AstraZeneca lhe entregue as doses de vacinas contra a covid-19 que os demais países europeus recusaram ao decidirem suspender a aplicação deste fármaco. A suspensão, aplicada também em Portugal, visa prevenir efeitos colaterais.

Entrei em contacto com a AstraZeneca e perguntei se será possível usar as [tomas] extras, caso existam”, afirmou esta quinta-feira o ministro dos Assuntos Sociais do governo da Flandres, Wouter Beke (do partido democrata-cristão CD&V) ao Parlamento Flamengo. Recorde-se que a Bélgica tem sido um dos países europeus com mais casos e óbitos por covid-19.

Se pudermos obtê-las, vamos usá-las. Fui informado de que estão a analisar o nosso pedido e aguardam a decisão da EMA [Agência Europeia do Medicamento]desta quinta-feira. Creio que alguns países carregaram no botão de pausa, mas querem reiniciar o mais depressa possível ”, acrescentou Beke, citado pelo site Euroactiv.

O chefe da task force de vacinação belga, Dirk Ramaekers, disse ao jornal Niewsblad que as entregas da AstraZeneca continuarão como de costume. Ou seja, cada Estado-membro da UE receberá a quantidade acordada de vacinas. “Quando um país suspende a sua campanha para uma vacina em particular e decide, depois, voltar a administrar a vacina, a confiança do público nessa vacina será muito menor, alerta.

Isso pode obrigar a alterar a estratégia de vacinação noutros países. Para já cidadãos e governos aguardam a decisão da Agência Europeia de Vacinação.

Recorde-se que 15 países da União Europeia - entre os quais Portugal - já anunciaram a suspensão do uso da vacina criada pela farmaceutica AstraZeneca com a universidade de Oxford. Os restantes países são Espanha, Itália, Alemanha, França, Holanda, Dinamarca, Noruega, Bulgária, Irlanda, Áustria, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia.

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