Covid-19: China recusou-se a entregar dados sobre os primeiros casos
China recusou-se a fornecer à equipa da OMS dados sobre o início da pandemia, nomeadamente os dados dos 174 casos de covid-19 identificados em dezembro de 2019
China recusou-se a fornecer à equipa da OMS dados sobre o início da pandemia, nomeadamente os dados dos 174 casos de covid-19 identificados em dezembro de 2019
A China recusou-se a fornecer à equipa da OMS na China dados sobre o início da pandemia, que poderiam ter contribuído para a perceção do seu alastramento. Mais especificamente, as autoridades chinesas não quiseram revelar os dados de 174 casos de Covid-19 identificados em dezembro de 2019, conta o "Wall Street Journal".
Um dos membros da equipa, o microbiólogo australiano Dominic Dwyer, disse que as autoridades chinesas "mostraram um par de exemplos, mas isso não equivale a poder observar todos, o que é o correto a fazer numa investigação epidemiológica. Assim, a interpretação dos dados torna-se mais limitada".
Por sua parte, Peter Embarek, o líder da missão, afirmou, numa conferência de imprensa esta semana, não existirem evidências de transmissão do coronavírus — "em Wuhan ou noutro local" da China — antes de dezembro de 2019. Frisou igualmente que, apesar de a equipa ter falhado em perceber de onde o vírus surgiu, conseguiu esboçar "algumas teorias sobre as suas origens", sendo uma delas a de que o vírus terá passado de um primeiro hospedeiro animal para outro intermédio, que teve contacto próximo com os humanos. Os 'animais intermediários' podem ser produtos animais congelados ou arrefecidos, vendidos nos mercados em Wuhan.
Porém, a tese mais provável é aquela segundo a qual o vírus 'saltou' para os humanos a partir do seu hospedeiro original, sendo os morcegos os mais plausíveis.
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