Coronavírus

Hospital de São João resgata seis doentes covid-19 da Grande Lisboa e da região do Ave

Doente de covid-19 internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de São João, Porto.
Doente de covid-19 internado na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de São João, Porto.
Rui Duarte Silva

Com um cenário “menos stressante do que noutras unidades”, o maior hospital de referência covid-19 do Porto está a acolher pacientes de outras instituições. Quase dois terços dos profissionais do São João estão vacinados, ficado de fora da fase prioritária os trabalhadores das áreas não clínicas

Hospital de São João resgata seis doentes covid-19 da Grande Lisboa e da região do Ave

Isabel Paulo

Jornalista

O Centro Hospitalar Universitário São João, do Porto acolheu na noite deste domingo um doente que estava internado com covid-19 no Hospital Amadora-Sintra. A transferência foi efetuada com recurso ao método ECMO (Oxigenação por Membrana Corporal), um complexo suporte de vida que é utilizado em doentes com falência cardiovascular ou pulmonar.

Segundo o maior centro hospitalar da região norte, o São João tem neste momento 15 doentes internados nos cuidados intensivos com recurso a esta técnica de substituição de funções respiratória ou circulatória dos pacientes. Este sábado, para o Hospital de São João foram ainda deslocalizados três doentes do Garcia de Orta, em Almada, e dois do Centro Hospitalar Médio Ave, que integra os hospitais de Famalicão e Santo Tirso.

O São João tem nesta altura perto de 160 doentes internados com covid-19, 45 dos quais admitidos em unidades de cuidados intensivos. A situação num dos maiores hospitais de referência covid do país é, por agora, “menos stressante que noutras unidades”, razão pela qual está a receber doentes de outros hospitais.

A unidade hospitalar adianta que foram vacinados neste sábado cerca de 1.900 profissionais de saúde da casa, 1.500 dos quais receberam a segunda toma.

Há uma semana, durante um período de 12 horas, uma equipa de 100 profissionais, utilizando 25 postos, administrou a segunda dose da vacina contra a covid-19 a 2382 profissionais do Centro Hospitalar Universitário de São João. O processo, segundo a assessoria do hospital, decorreu sem que os vacinados tenham manifestado qualquer efeito adverso grave. As reações que existiram “foram muito raros e leves, sem impacto na instituição”, refere o hospital.

Todas as doses disponíveis foram utilizadas na íntegra, resultando em desperdício nulo, tal como era intenção, num esforço de elevado planeamento e rigor.

Com cerca de 6.500 funcionários, estão ainda por vacinar pouca mais de um terço dos trabalhadores, na maioria colaboradores não afetos à área clínica.

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