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Coronavírus

Hospitais do Centro no limite. “Doentes que tinham espaço em cuidados intensivos há meses agora não têm”

Hospitais do Centro no limite. “Doentes que tinham espaço em cuidados intensivos há meses agora não têm”
Zoltan Balogh/EPA

Serviços de urgência com doentes acumulados, sem vagas no internamento. Unidades de cuidados intensivos, “em rutura”, já selecionam doentes. A Ordem dos Médicos do Centro alerta para um cenário de grande pressão nos hospitais nesta região do país e põe a tónica nos doentes não covid que ficam por tratar

Hospitais do Centro no limite. “Doentes que tinham espaço em cuidados intensivos há meses agora não têm”

Joana Ascensão

Jornalista

Um sobressalto repentino aquele que se vive desde o final de 2020 em número de casos de covid-19 - e de mortes - na região Centro do país. Pela primeira vez, este domingo, as vítimas mortais da região ultrapassaram as do norte, mesmo com um número substancialmente mais baixo de casos. Se eram cerca de 600 as infeções nos últimos dias do ano, as festas resultaram num ponto de não retorno para o centro, agora com mais de mil casos por dia.

Invariavelmente, os hospitais estão com um “iminente esgotamento da capacidade de resposta”, revela a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) após uma reunião de emergência para analisar o atual contexto epidemiológico. Ao Expresso, o presidente, Carlos Cortes, diz que “todos os hospitais têm as enfermarias covid saturadas”. Os distritos de Aveiro e de Coimbra são os mais pressionados, com 36% e 28% dos casos daquela região, respetivamente. Esta segunda-feira, o Centro teve 1217 novos casos (18,2% do total do país), e 38 vítimas mortais.

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