17 janeiro 2021 19:04
O coordenador de Cuidados Intensivos Cirúrgicos do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental assume a gravidade inédita da situação nos hospitais de Lisboa
17 janeiro 2021 19:04
Médico especializado em Cuidados Intensivos Cirúrgicos há 30 anos, António Pais Martins, não esconde o drama vivido pelos médicos desta especialidade. Através do grupo regional de gestão centralizada e da comissão de acompanhamento da resposta nacional em medicina intensiva para a covid-19 acompanha “hora a hora” a realidade dos hospitais, avaliando, com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e com as administrações hospitalares, a capacidade de resposta às crescentes necessidades e reconhece que já ninguém entra para as unidades de doentes críticos se não cumprir rigorosamente os critérios estabelecidos.
Como retrata a situação dos cuidados intensivos nos hospitais de Lisboa?
Todos os hospitais da região de Lisboa estão em contingência máxima e em contínuo processo de expansão. O número de doentes de cuidados intensivos não pára de aumentar, resultando em pressão adicional extrema e levando à mobilização de todos os profissionais que possam ser afetos ao tratamento do doente crítico covid e não-covid. Temos a exata noção da gravidade do momento e, no que depender de nós, tudo faremos para proporcionar os melhores cuidados possíveis. A seriedade da situação tem-nos unido com um único objetivo: agilizar, rentabilizar, tratar.