Até esta sexta-feira, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN) contava com 210 camas para atender os doentes infetados pelo vírus SARS CoV-2, mas a intensidade da procura de assistência fez com que fossem já criadas mais 20 camas de enfermaria. Até segunda-feira, mais 20 camas terão de ser afetas às pessoas com covid-19, totalizando no início da próxima semana 250 camas - 48 das quais para cuidados intensivos - dedicadas à pandemia.
Em comunicado, o hospital explica que "perante a grande pressão na urgência dedicada a doentes respiratórios e nos internamentos, o CHULN vai alargar de imediato o seu plano de contingência covid". Assim, já nas próximas horas desta sexta-feira, será reforçada a resposta urgente, que passa, inclusive, pela reutilização de uma segunda estrutura em formato de contentor, colocada junto da Urgência Central, permitindo ampliar durante a próxima semana, os atuais postos de atendimento de 33 para 51pessoas.
O próximo passo será a criação de mais dez vagas em Unidades de Cuidados Intensivos, assim que a necessidade o obrigue. Em pouco mais de uma semana, o CHULN somou 90 camas, passando de 160 para 250 as vagas aos doentes covid, entre enfermaria e cuidados intensivos, um aumento que, segundo o comunicado emitido esta sexta-feira, é também acompanhado pela criação de camas de internamento para doentes não-covid.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a que está sob maior pressão no país. Na quarta-feira, os hospitais da região tinham internados 1721 doentes covid, dos quais 1508 em enfermaria e 212 em cuidados intensivos. Alguns destes doentes têm vindo a ser transferidos para outras zonas, menos pressionadas, mas essa solução de recurso já está em risco com o aumento generalizado de casos a nível nacional. Dos Dos 10663 novos casos de covid-19 registados esta sexta-feira, a maior parte ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo (4280).
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