Coronavírus

Covid-19 no 🌏: Boris Johnson cancela o Natal em Londres. Itália também entra em confinamento

O primeiro-ministro do Reino Unido, esta semana, à entrada do n.º 10 de Downing Street, sua residência oficial
O primeiro-ministro do Reino Unido, esta semana, à entrada do n.º 10 de Downing Street, sua residência oficial
PETER NICHOLLS/REUTERS

Natal vai ser em casa não só na capital, mas também noutras zonas do Reino Unido em que o contágio disparou de novo, anunciou Boris Johnson este sábado. O alerta foi dado depois de ser identificada uma mutação do vírus que será 70% mais contagioso. Em Itália, Conte seguiu o mesmo exemplo

Em atualização

Mais de 75.611.670 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 48.148.100 são já considerados curados. Depois dos EUA, os países mais afetados são o Brasil, com 185.650 mortes e 7.162.978 casos, a Índia, com 145.136 mortes e 10.004.599 casos, o México, com 117.249 mortes e 1.301.546 casos, e Itália, com 67.894 mortes e 1.921.778 casos.

Este sábado, com um novo aumento de casos a alarmar as autoridades na Europa, Reino Unido e Itália juntaram-se ao grupo dos países que vão aplicar restrições totais na época que era festiva. Agora, será em casa. Veja o ponto de situação, aqui em baixo.

Reino Unido

O primeiro-ministro britânico anunciou que Londres e o sudeste de Inglaterra vão, domingo, entrar novamente em confinamento, sendo proibidas as reuniões natalícias e encerrado o comércio não essencial para travar a propagação da covid-19 nas duas regiões.

Segundo Boris Johnson, o aumento do número de casos do novo coronavírus obrigou a subir o nível de alerta de 3 para 4, o mais elevado imposto desde o início da pandemia. Assim, a ordem é para as pessoas ficarem em casa. O comércio não essencial, assim como ginásios e outros serviços de cuidados pessoais devem fechar. Quem puder deve manter-se em teletrabalho, a não ser que a sua atividade não o permita.

Falando aos jornalistas numa conferência de imprensa Johnson indicou também que a prevista "flexibilização" de cinco dias nas restrições de socialização, o que vai permitir que até três famílias se reúnam no Natal, está cancelada nessas zonas onde entrará em vigor o nível 4.

O primeiro-ministro britânico salientou também que o sudeste de Inglaterra, onde foi detetada uma nova variante da covid-19, que pode ser 70% mais comntagiosa, seguirá os mesmos passos e regras do confinamento em Londres, pelo que serão reforçadas as restrições durante o período natalício.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante, que se espalha com maior velocidade, embora não haja evidências de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas contra a covid-19, embora este ponto esteja ainda a ser avaliado "com urgência para confirmação".

As medidas entram em vigor a partir de amanhã, dia 20 de dezembro, e aplicam-se pelo menos até 30 de dezembro. Mas as restrições vão existir também na passagem do ano, no dia 31 de dezembro.

O Reino Unido está incluído na lista dos 10 países com maior número de infeções e de mortes associadas ao novo coronavírus - mais de 1,9 milhões de casos, 66.541 óbitos.

Itália

Em Itália, pela manhã, soube-se também que o Natal, passagem de ano e dia de Reis vão ser em confinamento total. Com a curva de novos infectados e de mortes a disparar de novo, o primeiro-ministro Conte deixou as regras que se vão aplicar de 24 de dezembro a 27, mas de novo entre o dia 31 de dezembro e 3 de janeiro, e de novo de 5 a 6 de janeiro.

Nestes períodos, a ordem é para não sair de casa. A excepção: duas pessoas podem ir visitar outra pessoa, nada mais.

Bares, cafés e restaurantes terão de estar fechados (terão um novo pacote de apoio público de mais de 500 milhões de euros), a circulação entre regiões fica proibida.

Nos dias a meio, em que o alerta nacional é laranja, haverá circulação nas ruas, mas não entre concelhos.

A Itália registou 553 mortes e 16.308 novas notificações de infeções por covid-19 nas últimas 24 horas. O país contabiliza 68.447 vítimas mortais e 1.938.083 infeções por covid-19 desde janeiro, quando os primeiros casos da doença foram confirmados em Itália.

França

França registou hoje 17.565 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e 190 mortes em hospitais, aumentando para 2,46 milhões o número total de pessoas infetadas desde o início da pandemia.

Segundo dados do Ministério da Saúde francês, com o número de óbitos registados em hospitais nas últimas 24 horas, o total de mortes é de 60.418.

O número de óbitos em lares de idosos e centros de dependência é atualizado duas vezes por semana, às terças e sextas-feiras, e o último registo, divulgado na sexta-feira pela Agência de Saúde Pública, aponta para 346 mortes.

Brasil

O Brasil registou 706 mortes e 50.177 novas notificações de infeções por covid-19 nas últimas 24 horas. O país registou 186.356 vítimas mortais e 7.213.155 infeções por covid-19 desde fevereiro, quando o primeiro caso da doença foi confirmado no território brasileiro.

Índia

A Índia ultrapassou os dez milhões de casos de covid-19, tendo sido registados mais de 25 mil contágios nas últimas 24 horas, o que torna a Índia no segundo país do mundo com maior número de infeções. Nas últimas 24 horas foram contabilizados 347 óbitos e desde o início da pandemia que as autoridades sanitárias indianas já contabilizaram 145.136 mortes devido à doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, enquanto 9,6 milhões de doentes foram considerados recuperados, de acordo com a mesma fonte.

O país está a preparar-se para iniciar uma campanha de vacinação maciça perto do Ano Novo.

México

O México registou 762 mortes causadas pela covid-19 e 12.248 casos da doença nas últimas 24 horas, disseram esta sexta-feira as autoridades de saúde. Com uma população de 130 milhões de habitantes, o México é o quarto país com o maior número de mortes e o 13.º com mais infeções, de acordo com a contagem independente da Universidade norte-americana Johns Hopkins. O país registou 117.249 mortos e 1.301.546 contágios desde o início da pandemia, em fevereiro passado.

Este é o quarto dia consecutivo em que o México regista mais de dez mil contágios, de acordo com o boletim diário da Secretaria de Saúde mexicana. Apenas 6% dos casos são ativos, ou seja, 90.728 pessoas apresentaram sintomas nas últimas duas semanas. Há três estados no nível máximo de risco: Baixa Califórnia, Cidade do México e estado do México. De um total de 32 estados, 24 estão no nível de alto risco. O Governo mexicano anunciou já que a Cidade do México e o estado do México iam suspender as atividades económicas não essenciais a partir de hoje e até 10 de janeiro.

China

A Comissão de Saúde da China identificou 17 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, dos quais três de contágio local e 14 oriundos do exterior. As autoridades chinesas disseram que, nas últimas 24 horas, 14 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 307, incluindo sete doentes em estado grave. Não foram anunciadas novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634, o mesmo desde maio passado. O país somou, no total, 86.806 infetados desde o início da pandemia.

A China vai continuar a vacinar grupos de risco de contrair a covid-19, como trabalhadores sanitários, alfandegários e dos transportes, antes de iniciar campanhas de inoculação em maior escala, anunciaram as autoridades chinesas. "O objetivo é criar imunidade de grupo mediante um processo de vacinação em várias fases", afirmou o subdiretor da Comissão de Saúde da China, Zeng Yixin, em conferência de imprensa. Em 22 de julho, a China autorizou o uso de candidatas a vacinas contra a covid-19 no pessoal médico e funcionários para "casos de emergência". Desde então, um milhão de pessoas já foi vacinada "sem que tenham sido registadas reações adversas", indicou o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia daquela Comissão, Zheng Zhongwei, na mesma conferência de imprensa.

EUA

Os Estados Unidos registaram mais 2710 mortos devido à covid-19 e 236.928 novos contágios. De acordo com os últimos dados atualizados às 20:00 (01:00 em Lisboa), o país contabilizou, desde o início da pandemia, 313.035 óbitos e 17.416.108 casos da doença. O estado de Nova Iorque continua a ser o mais atingido com 36.177 mortos, seguido pelo Texas (25.198), Califórnia (22.260), Florida (20.401) e Nova Jérsia (18.124). Os Estados Unidos são o país com mais mortos (310.325) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 17,1 milhões) em todo o mundo. O atual número de mortes, 313.035, excede as estimativas iniciais da Casa Branca, que projetava entre 100 mil e 240 mil óbitos.

Irão

O Irão ampliou este sábado o recolhimento obrigatório por dois dias e a redução de horário de trabalho, para evitar o aumento de infeções por covid-19 em reuniões familiares durante a cerimónia noturna mais longa do ano, a 'Yalda'.

O vice-ministro da Saúde, Ali Reza Raisi, anunciou para sábado e domingo que "a proibição do tráfego de veículos urbanos será aplicada a partir das 20:00, e todos os locais de trabalho exceto os essenciais, serão encerrados a partir de 18:00", divulgou a agência oficial de notícias iraniana Irna, citada pela Efe.

Em novembro, antes de impor o recolher obrigatório e restringir o horário comercial, registaram-se 486 mortes e 14.051 infeções no país.

Segundo dados do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas ocorreram 175 mortes e 6.421 infeções.

Desde o início do surto pandémico em fevereiro, foram registados 53.448 óbitos no país e 1.152.072 pessoas infetadas.

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