Coronavírus

Covid-19. Vacina em Portugal vai ser “facultativa e gratuita”, chega no início de 2021 e haverá pelo menos 22 milhões de doses

Covid-19. Vacina em Portugal vai ser “facultativa e gratuita”, chega no início de 2021 e haverá pelo menos 22 milhões de doses
RODRIGO ANTUNES

Estado vai gastar até €200 milhões. Ministra da Saúde explica que as vacinas vão ser administradas no SNS

Facultativa, universal, gratuita e administrada no Serviço Nacional de Saúde: estes são para já os pontos certos sobre o plano nacional de vacinação para a covid-19, divulgados esta quarta-feira por Marta Temido. A ministra da Saúde acrescentou ainda que se estima que Portugal receba até 22 milhões de doses e que o Governo possa gastar até 200 milhões de euros.

“As vacinas vão ser disponibilizadas no começo do próximo ano'’, disse Temido, lembrando que isso depende ainda dos resultados da terceira fase de testes à eficácia da vacina - que ainda não são conhecidos -, assim como a aprovação da Agência Europeia do Medicamento. “Há muitas incertezas”, disse ainda, ressalvando que os ensaios clínicos publicados incidem sobretudo na população entre os 18 e 65 anos. “Não se conhece a duração da vacina e não estão incluídas crianças e grávidas. Mas é com esta margem de incerteza com que estamos a trabalhar.”

Esta quinta-feira o Executivo vai apresentar o plano nacional de vacinação contra a covid-19 e, entre outros pontos, explicou a ministra, vai ser tornado público quais os grupos prioritários de vacinação e os locais ao certo onde podem ser administradas.

Marta Temido admite ainda que numa fase inicial (o primeiro trimestre de 2021) haja alguma escassez da vacina, uma situação que se vai alterar ao longo do ano. “Teremos gradualmente ao longo do ano cenários de maior disponibilidade de vacinas no mercado. Num cenário extremo de final de ano é expectável que haja uma distribuição muito mais descentralizada”, referiu.

Em conferência de imprensa, a ministra assegurou ainda que o processo de vacinação vai ser longo e que em 2021 deve ser mantido “o cumprimento das regras a que nos habituámos”. “O processo de vacinação vai ser longo, não é algo que se concretize num único dia ou num período de tempo curto.”

A ministra falava no final de uma reunião que contou com a participação dos membros da ‘task-force’ criada para elaborar o plano de vacinação e que é liderada pelo antigo secretário de Estado da Saúde Francisco Ramos. Estiveram ainda presentes os ministros de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

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