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Covid-19. Os centros de saúde podem vacinar toda a população? Talvez, mas são precisos mais meios - e a ajuda de autarquias e bombeiros

Covid-19. Os centros de saúde podem vacinar toda a população? Talvez, mas são precisos mais meios - e a ajuda de autarquias e bombeiros
MLADEN ANTONOV/GETTY IMAGES

Contar só com os centros de saúde para administrar a primeira vacina disponível contra a covid-19 poderá não ser uma boa ideia. Não só “estas unidades não dispõem de equipamentos para conservá-las, porque nunca foi necessário conservar nada a uma temperatura tão baixa”, como “é impensável ter tantas pessoas em simultâneo nestes espaços”. A solução pode passar por deslocar enfermeiros para quartéis de bombeiros e criar brigadas móveis em localidades mais isoladas. Diogo Urjais, presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, pede um plano “faseado e sem falhas”

O Reino Unido tornou-se esta segunda-feira o primeiro país do mundo a aprovar o uso de uma vacina contra a covid-19 e pode começar a vacinar a população “já a partir da próxima semana”, como adiantou o Governo britânico. A notícia é boa, há até quem a considere surpreendente, mas tratando-se da vacina produzida pelo laboratório norte-americano Pfizer e pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech há questões que se colocam.

As condições de conservação desta vacina são específicas e exigentes — deve ser armazenada a temperaturas entre -70º C e -80º C —, o que obrigará a uma “logística complicada” em Portugal, começa por dizer Rui Nogueira em declarações ao Expresso. O presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) defende o envolvimento não só das Forças Armadas no transporte, distribuição e armazenamento das vacinas, mas também das autarquias e “organizações locais com capacidade logística e instalações que possam ser usadas”, como é o caso das corporações de bombeiros. “Acho que podem ser chamados a ajudar nesta fase”, diz, sugerindo que os “próprios quartéis possam ser usados como espaço para a vacinação deslocando médicos, enfermeiros e técnicos para estes locais”.

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