Iniciativa da autarquia de entrega de refeições ao domicílio estará ativa nos próximos dois fins de semana. Serviço sem custos para restaurantes e clientes é garantido por 75 táxis da Cooperativa de Táxis de Matosinhos e engloba freguesias do Porto, Maia, Vila do e Gondomar
Jornalista
A Câmara de Matosinhos já fechou o modelo de entrega de refeições ao domicílio para os próximos dois fins de semana de recolher obrigatório nos municípios com maior número de casos ativos. O 'take-away' municipal anunciado por Luísa Salgueiro esta segunda-feira resulta de uma parceria entre a autarquia e a Cooperativa de Táxis de Matosinhos, que alocou ao serviço de entregas 75 táxis.
Para acionar o pedido, o cliente liga para o restaurante, faz a encomenda, dá a morada de entrega e escolhe o método de pagamento (ou diretamente ao restaurante através de meios digitais, ou em dinheiro, entregue ao taxista). De acordo com a autarquia, o restaurante preenche um formulário disponível na plataforma criada para o efeito pela Câmara de Matosinhos, inserindo a morada e horário de entrega da refeição. O formulário é automaticamente partilhado com a central de táxis que aciona o veículo mais próximo do local.
As entregas serão feitas em todo o concelho de Matosinhos e em mais 54 freguesias dos concelhos da Maia, Vila do Conde, Gondomar e Porto, num raio de 5km a contar desde os limites do concelho de Matosinhos. Essas freguesias estarão disponíveis no site da Câmara.
As entregas são gratuitas para restaurantes e clientes, tendo a autarquia investido cerca de vinte mil euros para estes dois fins-de-semana, estando pronta para prolongar o serviço na eventualidade das restrições se mantiverem. Luísa Salgueiro justificou a criação do 'Matosinhos.me' para ajudar o setor da restauração no concelho que tem no peixe e marisco o seu maior cartão de visita, medida que acaba ainda por auxiliar o setor dos táxis, “outra das atividades que tem também sofrido um duro golpe” com a pandemia as as restrições de circulação.
A autarca socialista lembra que Matosinhos tem cerca de 1200 estabelecimentos de restauração que dão emprego a mais de 5000 pessoas, tratando-se de um setor com uma importância social e económica de enorme relevância para o concelho. Esta segunda-feira, após os Governo ter decretado novas restrições para combater o aumento do surto de covid-19, a presidente da Câmara de Matosinhos enviou uma carta ao ministro da Economia a pedir mais apoios para o setor da restauração por considerar que “a situação económica dos restaurantes fica muito comprometida, e milhares de postos de trabalho estão neste momento em risco”.
Entre os apoios pedidos, Luísa Salgueiro pediu ao Governo que isente a Taxa Social Única dos trabalhadores cujo empregador manteve a totalidade dos postos de trabalho durante um período definido, a fixação da taxa de IVA de 6% nos serviços de alimentação e 23% nas bebidas, durante o mesmo período, mesmo com a operacionalização do IVAUCHER, e a moratória de seis meses no pagamento das faturas de fornecimento e serviços externos, como sejam a eletricidade, a água e o gás.
A autarca socialista recomendou ainda uma medida de simplificação do sistema de candidaturas à medida Apoiar.pt, através de uma medida de apoio automático, em função da quebra de faturação registada na Autoridade Tributária e Aduaneira e dos funcionários inscritos no Instituto de Segurança Social.
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