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Coronavírus

Consenso pelo Estado de emergência a meia haste

Consenso pelo Estado de emergência a meia haste
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O dia é de luto nacional pelas vítimas da covid-19 e de audiências no Palácio de Belém. No final os partidos concordaram com o pedido do Governo, mas todos deixaram os seus alertas. Com a bandeira a meia haste - direita com o Governo e esquerda com reservas - o consenso foi o possível

Consenso pelo Estado de emergência a meia haste

Filipe Garcia

Editor-adjunto de Política

Consenso pelo Estado de emergência a meia haste

Liliana Coelho

Jornalista

Já pouco resta do uníssono que há oito meses se ouvia no Parlamento. Mesmo bastando a anuência de PSD, Governo e Presidente da República querem consenso alargado em torno de nova declaração de Estado de emergência. Viabilização até terão, consenso nem por isso.

Num dia que começou com uma homenagem às vitimas da covid-19, pelas 10 horas da manhã, à porta do Palácio de Belém, com Marcelo Rebelo de Sousa, Eduardo Ferro Rodrigues e António Costa a cumprirem um minuto de silêncio, enquanto a bandeira nacional era colocada a meia haste, a resposta dos partidos não foi a esperada. À esquerda, PCP anunciou estar contra, Os Verdes assumiam "fundadas reservas" e o Bloco de Esquerda considerava a medida desnecessária. Da direita, a Iniciativa Liberal considerou "remota" a possibilidade de apoiar a decisão, enquanto CDS e Chega aproveitaram para alertar contra medidas excessivamente limitadoras das liberdades dos cidadãos.

Além dos socialistas, também o PAN anunciou a sua concordância, mas o decisivo apoio chegou mesmo do PSD. "Se o Governo entende que as medidas que pretende tomar são inconstitucionais se não tiver o estado de emergência, se o senhor Presidente da República também o entende assim, então obviamente que eu dou o meu apoio", disse Rui Rio, ainda antes de Morais Sarmento o ter representado na audiência com o Presidente da República a dizer que não se oporia.

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