A comunidade científica de todo o mundo está numa corrida contra o tempo na busca por uma vacina eficaz contra a covid-19, na tentativa de travar a cavalgada da pandemia. As nações competem entre si e são já várias as candidatas em fases adiantadas dos ensaios clínicos. A China, país onde foram registados os primeiros casos de infeção pelo novo coronavírus, decidiu tomar a dianteira e não esperou pela aprovação das entidades de saúde para disponibilizar uma das quatro vacinas experimentais que o país está a desenvolver.
Uma fila de centenas de pessoas formou-se em Yiwu, ainda antes da abertura do hospital localizado na cidade do leste da China, dispostas a servir como voluntárias, a aguardar durante horas e a pagar aproximadamente 50 euros pela administração da vacina experimental.
A grande afluência fez com que o stock esgotasse em pouco mais de duas horas. Antes de receberem uma dose da BBIBP-CorV, desenvolvida pela empresa estatal Sinovac Biotech, os voluntários foram obrigados a assinar um termo de responsabilidade para precaver eventuais efeitos colaterais.
A China decidiu disponibilizar a vacina à população após um estudo inicial, publicado na revista científica “The Lancet Infectious Diseases”, apontar que o uso é seguro e capaz de produzir uma resposta imunitária eficaz.
Pequim já disse ter a expectativa de lançar uma vacina para a covid-19 dentro de três semanas, num momento em que o país possui quatro das oito vacinas já na terceira e última fase de ensaios clínicos.
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