Coronavírus

Covid-19. Do Reino Unido ao Burkina Faso: quem são líderes mundiais que o vírus já infetou

Covid-19. Do Reino Unido ao Burkina Faso: quem são líderes mundiais que o vírus já infetou
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De presidentes a ministros, passando pelas casas reais e pelos órgãos políticos do poder, a covid-19 foi chegando a todo o lado. A lista de nomes dos infetados tem já incluídos alguns nomes sonantes: Boris Johnson, Bolsonaro e o príncipe Carlos são apenas exemplos

Covid-19. Do Reino Unido ao Burkina Faso: quem são líderes mundiais que o vírus já infetou

Mafalda Ganhão

Jornalista

O que têm em comum Boris Johnson, o príncipe Alberto do Mónaco e o líder espanhol da Catalunha, Quim Torra? Bom, neste caso tiveram. Todos passaram por um teste positivo à covid-19, a prova (óbvia) de que o novo vírus não poupa países, nem presidentes, ministros, políticos ou cabeças coroadas.

Esta sexta-feira soube-se que Donald Trump está infetado, com a primeira-dama norte-americana a testar positivo também. Juntam-se ao grupo onde o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro já entrou (tal como a mulher, Michelle), depois de meses a desvalorizar a pandemia.

No Brasil, aliás, o novo coronavírus foi fazendo várias vítimas no círculo político, entre as quais pelo menos sete ministros, além de Augusto Heleno, assessor de segurança nacional e Davi Alcolumbre, o presidente do Senado.

Só entre Presidentes, uma mão não chega para os enumerar a todos. Há que referir ainda Juan Orlando Hernandez, o líder de Honduras; o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko; Alejandro Giammattei, da Guatemala, e que testou positivo já em setembro; a presidente interina da Bolívia, Jeanine Anez; e Luis Abinader, o recém-eleito Presidente da República Dominicana.

No caso do primeiro-ministro britânico, o boletim clínico descreveu mesmo sérias complicações, após Boris Johnson ter confirmado estar positivo, a 27 de março. Valeram-lhe os cuidados intensivos e um enfermeiro português - a quem fez um agradecimento público – para voltar ao ativo, mas ficará na lista como o primeiro grande líder mundial a contrair o vírus.

Em terras de Sua Magestade, também o Príncipe Carlos não escapou, nem outros membros da governação. A secretária de Estado da Saúde, Nadine Dorries, contraiu o vírus logo no início de março.

Bem ao lado de Portugal, o Executivo espanhol sofreu algumas baixas, a começar por Irene Montero, ministra da Igualdade. Ela foi a primeira do gabinete espanhol a testar positivo e de imediato colocada em quarentena, também cumprida pelo seu companheiro, Pablo Iglesias, vice-primeiro-ministro e líder do partido Podemos. Carmen Calvo, vice-primeira-ministra do país viria a ser outro caso.

O próprio líder do Governo espanhol, Pedro Sánchez, conviveu com a covid-19 bem de perto. A mulher, Begoña Gómez, testou positivo, o que obrigou ambos a respeitar o obrigatório período de quarentena, no Palácio La Moncloa, em Madrid.

Na Rússia, o teste positivo do primeiro-ministro Mikhail Mishustin obrigou o Presidente Vladimir Putin a nomear Andrey Belousov para o cargo de interino. Viriam ainda a ficar infetados o ministro da Construção e Habitação, Vladimir Yakushev, e a ministra da Cultura, Olga Lyubimova.

A lista de infetados entre os que circulam nos corredores do poder foi crescendo. Kwaku Agyemang-Manu, o ministro da Saúde de Gana, anunciou no dia 14 de junho ter contraído a doença “no cumprimento do dever”, garantindo estar em condição estável.

No Burkina Faso, foram pelo menos quatro os ministros com teste positivo, numa lista que é impossível ser exaustiva, porque são vários os países a registarem baixas e imensos os nomes que se foram somando: Peter Dutton, ministro dos Assuntos Internos australiano, chegou a estar internado; o ministro da Cultura francês lidou com o diagnóstico; Nuno Gomes Nabiam, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, recorreu ao Facebook para anunciar que estava infetado (três outros ministros do seu gabinete ficaram doentes também); Yaakov Litzman, ministro da Saúde de Israel, testou positivo; tal como Michal Wos, ministro do Ambiente polaco; Torbjorn Roe Isaksen, ministro norueguês do Trabalho e da Inclusão Social; e o caso recente do ministro da Energia do Luxemburgo, Claude Turmes.

Na Nigéria, o ministro do Trabalho, Mohamed Ben Omar, morreu de complicações causadas pela covid-19.

Ainda que não figure entre os que tiveram a doença, Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, cumpriu quarentena, depois de a mulher ter manifestado sintomas e ter testado positivo, em meados de março, pouco depois de regressar de uma viagem ao Reino Unido.

Nos órgãos da União Europeia, Michel Barnier, o líder das negociações para o Brexit, anunciou ter covid-19 através de um vídeo, a partir da sua casa em França.

Finalmente, entre os palácios, o príncipe belga Joachim foi um dos infetados, tal como o príncipe Faisal bin Bandar bin Abdulaziz Al Saud e vários outros membros da família real da Arábia Saudita.

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