Coronavírus

Covid-19. Vacina da Johnson & Johnson entra na última fase de testes

Covid-19. Vacina da Johnson & Johnson entra na última fase de testes
Dado Ruvic/Reuters

A empresa tem como meta distribuir, sem ter lucro, mil milhões de doses por ano

Chega à terceira fase de testes a “Ad26.COV2.S”, vacina para a covid-19 desenvolvida pela Johnson & Johnson. “Se os resultados forem positivos”, a empresa garante esperar “poder registar um pedido de autorização de emergência junto da Agência de Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) no início de 2021”.

Esta é a quarta companhia farmacêutica norte-americana a chegar à última fase de ensaios clínicos, na qual estarão envolvidos 60 mil voluntários, escreve o New York Times.

Relativamente à concorrência, a vacina da Johnson & Johnson apresenta algumas vantagens, tais como o facto desta solução implicar apenas uma injeção em vez de duas, o que se torna bastante relevante tendo em conta que toda a população mundial aguarda por uma picada eficaz.

Além disso, esta vacina tem também a particularidade de não necessitar de ser congelada, simplificando e acelerando a administração de centenas de milhões de doses.

Os ensaios laborais vão ser efetuados em indivíduos com mais de 18 anos, em oito países selecionados: Estados Unidos, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e África do Sul.

O Presidente norte-americano já utilizou, como habitualmente, o Twitter para reagir à notícia. “São grandes notícias”, considera Donald Trump, acrescentando que a FDA, entidade responsável pelo controle e supervisão dos medicamentos e que terá de aprovar a vacina da Johnson & Johnson, “tem de agir rapidamente”.

Trump tem exigido repetidamente que uma vacina para a covid-19 esteja disponível antes das eleições norte-americanas, agendadas para 3 de novembro, e tem instigado as entidades reguladoras para que aprovem uma das alternativas que estão na última fase de testes laboratoriais.

A Casa Branca, através do programa Operation Warp Speed, já investiu mais de 10 mil milhões de dólares em farmacêuticas para que desenvolvam vacinas que possam dar resposta à ameaça do SARS-CoV-2.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate