Portugal pode vir a receber até seis vacinas diferentes contra a covid-19 até ao verão do próximo ano. Já existe um acordo assinado de quase sete milhões de doses com a farmacêutica AstraZeneca, mas a União Europeia já está em negociações avançadas com outros cinco fornecedores para a compra antecipada de potenciais vacinas: Pfizer/BioNTech, Moderna/Johnson & Johnson, Sanofi/GSK, e CureVac. Tal como a AstraZeneca, os três primeiros projetos desta lista já estão na terceira e última fase de ensaios clínicos.
Rui Santos Ivo, presidente do Infarmed, explicou ao "Jornal de Negócios" que “tudo isto se vai passar num período de tempo curto” e “até ao final deste mês ou princípio do próximo, seguramente estas negociações irão ficar concluídas”. “Com estes contratos, se todas vierem a ser autorizadas, estas vacinas corresponderão, com certeza, às nossas necessidades”, garantiu ainda, sem no entanto avançar com o número de doses que serão precisas. O responsável aponta que “[espera] ter em Portugal as primeiras doses da vacina entre o final deste ano e o princípio de 2021”.
Apesar da “situação de urgência”, Rui Ivo enfatiza a importância de garantir a segurança da vacina nesta fase. "A vacina tem de ser objeto de autorização em termos de qualidade, segurança e eficácia. Só após esse percurso, que será feito através da Agência Europeia do Medicamento, onde também participa o Infarmed, a vacina poderá ser autorizada", sublinhou ainda à Agência Lusa.
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