Centros de dia. Vai reabrir o lugar onde “todos são potenciais infetados”

A população é a mesma que a dos lares: pessoas com mais de 65 anos. Mas há uma grande diferença: se nos lares os idosos vivem ali, nos centros de dia vão e voltam todos os dias. A circulação é maior e o controlo de uma possível infeção é mais difícil de fazer. “Neste caso, temos de lidar com cada utente como se fosse um potencial infetado”, alerta o virologista Pedro Simas. Hoje, de forma faseada, começam a reabrir os centros de dia, um dos poucos serviços que ainda permaneciam fechados.

“É preciso ser mais cauteloso, porque é um grupo de grande risco, e, com as entradas e saídas diárias dos centros de dia, os idosos podem trazer infeções ou levá-las para a comunidade”, diz. “Por isso é muito importante que agora ainda se cumpram mais rigorosamente as medidas e as normas decretadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Sabemos que entre 40% e 60% das mortes por covid-19 acontecem nos lares e centros de dia. Já sabemos com o que contamos, já sabemos o que funciona e não funciona para evitar a propagação do vírus. Temos de aplicar isso mesmo”, acrescenta Pedro Simas, que, ainda assim, diz concordar com a reabertura.

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