Coronavírus

O boletim da DGS à lupa: igualado o pior registo dos últimos 13 dias em número de mortes

O boletim da DGS à lupa: igualado o pior registo dos últimos 13 dias em número de mortes
José Fernandes

Os novos casos a nível nacional atingem um pico em quase um mês: em rigor, precisamos de recuar 28 dias, até 16 de julho, para encontrar um valor superior (339). É necessário ainda recuar 20 dias (até 24 de julho) para se encontrar a última vez em que os novos casos tinham ultrapassado as três centenas (então 313)

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde, referente a quarta-feira, regista mais seis mortos, 325 casos de covid-19 e 237 curados em Portugal. Contam-se agora, desde o início da pandemia no país, 1.770 vítimas mortais, 53.548 casos confirmados e 39.177 recuperados.

O número de mortos iguala o pior registo dos últimos 13 dias. A taxa de crescimento dos óbitos face ao boletim da véspera é de 0,3%.

Os novos casos atingem um pico em quase um mês: em rigor, precisamos de recuar 28 dias, até 16 de julho, para encontrar um valor superior (339). É necessário ainda recuar 20 dias (até 24 de julho) para se encontrar a última vez em que os novos casos tinham ultrapassado as três centenas (então 313).

O número de recuperados é o mais alto dos últimos cinco dias (aumento de 0,6% no total face ao boletim de quarta-feira).

Há menos nove hospitalizados (-2,45%), sendo o total de internamentos agora 358. Já nas unidades de cuidados intensivos ocupou-se menos uma cama, o que significa que os hospitais portugueses contam 39 doentes graves.

Há 1.248 pessoas a aguardar resultados laboratoriais, enquanto outras 36.530 estão a ser vigiadas pelas autoridades de saúde.

Região Centro com aumento que não se via desde meados de julho

Apesar de Lisboa voltar a abarcar, como tem sido regra há muitas semanas, a maioria dos novos casos (204, 63%), o Norte volta a revelar pelo segundo dia consecutivo um número de novas infeções acima das 80: nestas 24 horas somaram-se 84, o que se traduz em 26% do total.

A região Centro também teve um aumento importante, para 22, valores que não se vislumbravam por ali desde 15 de julho, há quase um mês. No Alentejo e Algarve registaram-se mais seis e oito novos casos, enquanto a Madeira soma apenas um e os Açores não teve qualquer caso, algo que havia acontecido, pela última vez, nos dias 6 e 7 de agosto.

Somando a totalidade de casos e vítimas mortais por região, Lisboa e Vale do Tejo conta com 27.645 casos (e 625 óbitos) desde o início da pandemia, seguindo-se Norte (19.301, 838), Centro (4.560, 253), Algarve (946, 17) e Alentejo (786, 22). Nas ilhas, Madeira e Açores contaram até hoje 126 e 184 casos, sendo que apenas no segundo território se observaram vítimas mortais (15).

De acordo com o boletim da DGS, uma parte importante dos novos casos revela-se na população ativa, com 196 novas infeções num total de 325. Ou seja, 60,3%. Os jovens até aos 19 anos somaram 29 casos, enquanto os maiores de 60 registaram 100, o que se traduz em 30,7%. Detalhadamente e por faixa etária, o número de infeções desde o início da pandemia ficam assim:

0-9 anos: 1.961 (+6)
10-19: 2.515 (+23)
20-29: 8.240 (+52)
30-39: 8.760 (+50)
40-49: 8.831 (+46)
50-59: 8.052 (+48)
60-69: 5.348 (+30)
70-79: 3.712 (+23)
+80: 6.053 (+47)
desconhecido: 76

As seis pessoas que perderam a vida nas últimas 24 horas eram doentes acima dos 70 anos (quatro tinham mais de 80 anos). Recorrendo ao mesmo documento da DGS, os óbitos por covid-19 distribuem-se assim:

0-9 anos: zero
10-19: zero
20-29: 2
30-39: 4
40-49: 20
50-59: 57
60-69: 157
70-79: 347 (+2)
+80: 1.183 (+4)

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