Após ter falhado um acordo no Congresso com os Democratas, Donald Trump promulgou quatro medidas de apoio para ajudar os americanos dos constrangimentos económicos causados pela pandemia. Entre elas encontra-se o subsídio para quem perdeu recentemente o emprego no total de 400 dólares por semana. Essa ajuda já tinha sido de 600 dólares.
Além de assegurar o pagamento de 400 dólares por semana aos trabalhadores que perderam o emprego devido à crise económica, o presidente dos EUA assinou uma norma que vai permitir o alargamento do pagamento de impostos até ao final 2020, deferimento que se aplica apenas a quem ganha menos de 100 mil dólares por ano.
Os estudantes que contraíram empréstimos também viram alargado o prazo de pagamento alargado até ao final do ano, para além do final do ano em curso. “Se sair vitorioso das eleições de 3 de novembro, o meu plano é perdoar esses impostos”, afirmou Donald Trump, avisando que Joe Biden e os Democratas “podem não querer isso e não vão querer isso”. Trump acusou os democratas de terem bloqueado este tipo de ajudas.
O presidente dos EUA também afirmou que convocou os estados a cobrir 25 % dos subsídios dos subsídios federais de 400 dólares semanais, quer através de receitas próprias ou com dinheiro alocado às primeiros medidas legislativas de ajuda económica à crise provocada pelo novo coronavírus. Segundo avança a Reuters, não ficou claro como vai Donald Trump obrigar os estados a cumprir as medidas.
Os Democratas prometeram na última semana demandar Trump legalmente, caso não acatasse as determinações do Congresso, que é a autoridade federal em matéria de gastos. Questionado pelos jornalistas, Donald Trump respondeu este sábado que “talvez os Democratas lhe movam uma ação judicial ou talvez não”. O secretário do Tesouro Steve Mnuchin e o chefe de equipa da Casa Branca Mark Meadows adiantaram que, após falarem com os Democratas, Trump poderia tomar três decisões em discussão: renovar a extensão dos subsídios ao desemprego, alargar as moratórias de pagamento e aliviar o pagamento dos empréstimos dos estudantes.
A porta-voz Nancy Pelosi já referira que Trump teria autoridade nestas matérias, depois de o presidente ter ameaçado, sexta-feira, que se não fosse conseguido um acordo até ao fim de semana - prazo imposto arbitrariamente - iria socorrer-se de ordens executivas para ultrapassar o impasse do Congresso, como veio a acontecer.
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