Investigadores de vários países acreditam que será possível descobrir uma vacina eficaz e segura contra o novo coronavírus já no próximo ano. Segundo informação disponibilizada pelo "The New York Times", encontram-se em fase de estudo pré-clínico um conjunto de 135 vacinas, 28 das quais já estão a ser testadas em humanos. Há uma que inclusivamente cumpriu todas as três fases de testes e foi aprovada para "uso limitado".
A corrida à descoberta de um antivírus capaz de travar a propagação da covid-19 teve início logo em janeiro deste ano, quando o surto surgiu na China e ainda antes de a Organização Mundial de Saúde ter declarado a pandemia. A primeira vacina experimental em humanos começou a ser testada em março, mas a resposta imunitária é até ao momento incerta. De acordo com o "The New York Times", alguns testes revelaram-se ineficazes, outros não tiveram “resultados claros”, mas alguns poderão “estimular o sistema imunitário a produzir anti-corpos contra o vírus”.
Até à aprovação, as vacinas em desenvolvimento terão de passar por três fases distintas, após serem testadas em animais, como ratos e macacos. Na denominada fase I, os cientistas começam por testar o antivírus num grupo pequeno de pessoas, não ó para afinar a dosagem como confirmar se estimula o sistema imunitário. Na fase II, a vacina é aplicada a centenas de pessoas, desde crianças a idosos, permitindo testar de que forma reagem os diferentes grupos etários.
Já na fase III, as vacinas serão aplicadas em milhares de pessoas até se verificar quantas irão ficar infetadas em comparação com voluntários que receberão um placebo. Em junho, a FDA referiu que a vacina contra o coronavírus poderá proteger pelo menos 50% da população que receba o antivírus. A aprovação das futuras vacinas serão sujeitas aos reguladores do medicamento de cada país.
Segundo o mesmo artigo, outra forma de acelerar o desenvolvimento da vacina pode passar pela combinação das fases experimentais I e II. O jornal avança que a Pfizer iniciou as fases de testes II/III a 27 de julho, dia em que os laboratórios Moderna e N.I.H. também iniciaram a fase III. A farmacêutica americana Novavax anunciou a 4 de agosto resultados promissores, altura em que a farmacêutica indiana Zydus Cadila completou a fase de testes I e empresa de biotecnologia Medigen, sedeada em Taiwan, arrancou com a fase experimental de uma nova vacina.
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