Covid-19 Coordenadora das Urgências e Cuidados Intensivos do S. José: “É quase uma afronta o valor pago aos enfermeiros na pandemia”
Num dia normal, as Urgências do Hospital de São José já recebem cerca de 320 doentes, além dos casos supeitos de covid-19
Odília Neves, enfermeira coordenadora das Urgências e Cuidados Intensivos no Centro Hospitalar Lisboa Central, sublinha disponibilidade e esforço dos profissionais, habituados a ficar na penumbra
Os enfermeiros são os profissionais de saúde que mais tempo estão com os doentes e a situação não mudou na pandemia. Odília Neves coordena os enfermeiros das Urgências e dos Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar de Lisboa Central, de que faz parte o Hospital de São José, atualmente a lidar com um surto de covid. Com 39 anos de experiência, sublinha a capacidade de resistência destes profissionais, mas alerta para o cansaço e a ansiedade que já se fazem sentir e diz que o esforço feito não se paga com o valor oferecido pelo Governo.
Como começaram a organizar-se, ainda antes do início da pandemia?
Desde o fim de janeiro que começámos a prestar atenção ao que se passava na China. Estávamos quase a terminar obras nas Urgências para melhorar as condições de assistência. Era um período de grande mudança. Desde logo, começámos a prever os procedimentos, recursos humanos e a montar a estrutura física, que é velha e tem deficiências, mas que tivemos de adaptar.
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