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Coronavírus

Covid. Ex-ministro da Saúde de Bolsonaro ao Expresso: “Com tanta emoção e politização, é muito difícil”

Teich numa conferência de imprensa em maio
Teich numa conferência de imprensa em maio
Adriano Machado/REUTERS

Em entrevista exclusiva ao Expresso, o homem que ocupou a pasta da Saúde no Governo brasileiro durante menos de um mês critica a abordagem do Presidente Jair Bolsonaro à pandemia e explica o que teria feito de outra forma. Nelson Teich alerta para a impreparação do país para uma possível segunda vaga de covid-19

Ninguém ficou surpreso quando, em maio, Jair Bolsonaro afastou o seu ministro da Saú­de, Luiz Henrique Mandetta. A discórdia entre ambos era pública. Mais espantosa foi a saída do seguinte ministro, Nelson Teich, médico como o anterior. Teich durou menos de um mês no cargo. Numa entrevista exclusiva ao Expresso, assume as divergências com o Presidente.

Jair Bolsonaro anunciou que tem covid-19. Isso vai influenciar o futuro da sua governação?
Tudo vai depender da evolução clínica dele. De como vai interpretar isso e de como vai evoluir clinicamente.

Porque saiu do Governo após menos de um mês?
Eu tinha uma forma de desenhar e conduzir a política de saúde e a abordagem à covid e o Presidente tinha uma posição diferente. E é ele a liderança do país, a pessoa eleita. Colocou-me lá, logo, se existia divergência, quem tinha de sair era eu.

Discorda, portanto, da forma como o Presidente tem lidado com a pandemia, restringindo o poder de atuação dos ministros da Saúde e tomando decisões sem profundo conhecimento médico?
Deveria ser uma condução mais técnica, mas é muito difícil pessoas não técnicas trabalharem neste cenário. Há muita emoção, polarização, política.

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