Exclusivo

Coronavírus

Brasil. Saúde política de Bolsonaro depende da sua saúde física

Manifestação contra Bolsonaro em São Paulo, no final de junho
Manifestação contra Bolsonaro em São Paulo, no final de junho
AMANDA PEROBELLI/REUTERS

Contagiado pelo vírus que desvalorizou, o Presidente quererá fazer do seu caso pessoal a prova de que tinha razão

Maria da Paz Tréfaut

Correspondente em São Paulo

A contaminação de Jair Bolsonaro pela covid-19 é a crónica de uma doença anunciada. A confirmação, feita presencialmente, com máscara retirada no final e seguida de publicidade à hidroxicloroquina, foi mais um episódio de desprezo pela ciência, falta de consideração pelos jornalistas e necessidade de minimizar a gravidade da pandemia, que já matou mais de 68 mil pessoas no Brasil.

“Não conheço Bolsonaro pessoalmente, mas o seu comportamento é típico de uma pessoa perversa”, diz ao Expresso o infecciologista Jamal Suleiman, do Hospital Emílio Ribas, referência no tratamento da doença em São Paulo. “Não consigo avaliar a sua atitude como a de alguém inimputável, que não sabe o que faz. Parece que há um discurso por detrás: seja na sucessão de momentos em que se expôs ao contágio, seja pela indicação de medicamentos com graves efeitos colaterais, que não devem ser usados indiscriminadamente e cuja eficácia é muito controversa. Além de ter 65 anos e estar no grupo de risco.”

Este é um artigo exclusivo. Se é assinante clique AQUI para continuar a ler. Para aceder a todos os conteúdos exclusivos do site do Expresso também pode usar o código que está na capa da revista E do Expresso.

Caso ainda não seja assinante, veja aqui as opções e os preços. Assim terá acesso a todos os nossos artigos.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate