
Contagiado pelo vírus que desvalorizou, o Presidente quererá fazer do seu caso pessoal a prova de que tinha razão
Contagiado pelo vírus que desvalorizou, o Presidente quererá fazer do seu caso pessoal a prova de que tinha razão
Correspondente em São Paulo
A contaminação de Jair Bolsonaro pela covid-19 é a crónica de uma doença anunciada. A confirmação, feita presencialmente, com máscara retirada no final e seguida de publicidade à hidroxicloroquina, foi mais um episódio de desprezo pela ciência, falta de consideração pelos jornalistas e necessidade de minimizar a gravidade da pandemia, que já matou mais de 68 mil pessoas no Brasil.
“Não conheço Bolsonaro pessoalmente, mas o seu comportamento é típico de uma pessoa perversa”, diz ao Expresso o infecciologista Jamal Suleiman, do Hospital Emílio Ribas, referência no tratamento da doença em São Paulo. “Não consigo avaliar a sua atitude como a de alguém inimputável, que não sabe o que faz. Parece que há um discurso por detrás: seja na sucessão de momentos em que se expôs ao contágio, seja pela indicação de medicamentos com graves efeitos colaterais, que não devem ser usados indiscriminadamente e cuja eficácia é muito controversa. Além de ter 65 anos e estar no grupo de risco.”
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