Exclusivo

Coronavírus

Salvador Malheiro sobre cerco sanitário a Lisboa: “Há duas formas de gerir o país ou só houve coragem musculada para Ovar?”

Salvador Malheiro sobre cerco sanitário a Lisboa: “Há duas formas de gerir o país ou só houve coragem musculada para Ovar?”
Octavio Passos

Autarca e vice-presidente do PSD lembra que Governo e autoridades de saúde decretaram a criação de uma cerca sanitária quando foram detedos 25 casos de covid-19 em Ovar. Agora que se regista um surto específico na capital, com taxa de transmissão do vírus superior à de março no seu concelho, Malheiro questiona onde pára a justiça territorial

Salvador Malheiro sobre cerco sanitário a Lisboa: “Há duas formas de gerir o país ou só houve coragem musculada para Ovar?”

Isabel Paulo

Jornalista

Salvador Malheiro lançou, este domingo, a questão sobre um eventual cerco sanitário em Lisboa e Vale do Tejo, a região onde nas últimas semanas se regista o pico de novos casos de covid-19, com uma taxa transmissão do vírus (RT) muito superior ao resto do país. O vice-presidente do PSD diz que se trata de uma “reflexão pessoal e uma advertência pública ao Governo e às autoridades de saúde”, feita no seu Facebook.

Ao Expresso, o presidente da Câmara de Ovar afirma que não pretende suscitar o assunto a nível institucional, embora defenda, enquanto autarca, que a tutela e a DGS deveriam “equacionar, se perante um foco específico numa região, não se justifica a imposição de medidas restritivas à circulação” para travar o contágio ao resto do país.

No post, o vice-presidente social-democrata, recorda que a 17 de março, percebeu-se a necessidade de criar um cordão sanitário em torno de Ovar, “por ser.o único município” português em contaminação comunitária. “Depois, todo o País passou a essa condição. Não fazia sentido fazer mais cercos e, entretanto, tudo melhorou”, refere ainda no Facebook.

O autarca frisa que concordou, então, com a medida, que durou um mês “e funcionou”, não entendendo, por isso, a razão pela qual o Governo “não pondera, agora, algo do género, quando Lisboa está a colocar em risco todo o País”. “Como se o cuidado e esforço, de tantas e tantas Pessoas, tivesse sido em vão”, acrescenta, sublinhando que, neste momento, Portugal não está em contaminação comunitária.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IPaulo@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate