Festa em Lagos: parte dos infetados não participou no evento
Autoridades de saúde aguardam ainda resultados de alguns testes, mas acreditam que não vão ser detetados muitos mais casos
Autoridades de saúde aguardam ainda resultados de alguns testes, mas acreditam que não vão ser detetados muitos mais casos
João Diogo Correia, em Estocolmo
Jornalista
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Estão, até agora, confirmados 90 casos de covid-19 relacionados com a festa em Lagos, adiantou esta sexta-feira a delegada regional de Saúde do Algarve. Segundo Ana Cristina Guerreiro, aos 76 infetados diagnosticados até à meia-noite vieram juntar-se novos casos. Mais testes foram realizados esta sexta-feira, cujos resultados se aguardam ainda.
Na mesma conferência de imprensa, a delegada de saúde avançou com um total de 482 casos de covid-19 no Algarve, estando 345 pessoas em vigilância ativa, em isolamento domiciliario. Até à data, 17 pessoas morreram. Há seis doentes internados, mas nenhum deles em unidades de cuidados intensivos, precisou Ana Cristina Guerreiro.
Quanto aos casos relacionados com a festa ilegal, 82% dos infetados residem em Lagos, 13% em Portimão e 5% noutros concelhos ou fora da região.
Por grupos etários, há 31 doentes com idades entre os 20 e os 29 anos; 15 no grupo 30-39 anos e 14 na faixa 10-19. Entre os infetados estão nove crianças, entre os 0 e os 9 anos. A delegada de saúde sublinhou que nem todas as pessoas participaram na festa. Algumas são familiares de quem lá esteve.
Foram até agora realizados 1.222 testes em Lagos. “Já notamos menos casos positivos [nos últimos resultados recebidos] e contamos em 2 ou 3 dias passar à velocidade de cruzeiro, com um ou dois casos de transmissão familiar, o normal”, declarou a delegada de saúde, que desafiada a fazer uma estimativa total para casos ligados a festa disse apontar “para próximo de 100, mas com risco de falhar, por excesso”.
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