O boletim da DGS à lupa: mais de metade dos novos casos são de pessoas entre os 20 e os 49 anos

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde regista mais duas mortes, 300 casos e 360 curados, nas últimas 24 horas, em Portugal. No total, há agora 1.522 vítimas mortais, 37.336 casos confirmados e 23.212 recuperados.

Os 300 novos infetados, uma taxa de crescimento de 0,8%, comparam favoravelmente com os 346 de segunda-feira (+0,9%).

A faixa etária com maior incidência entre os novos infetados desta terça-feira é a dos dos 40-49 anos: são 70 dos 300 casos registados, o que corresponde a 23% do total, pouco menos de um quarto. Se agregarmos este número com as faixas etárias dos 20-29 anos e 30-39, chegamos a um total de 55% dos novos casos (166, em números absolutos).

As faixas etárias mais afetadas são, por esta ordem, depois dos 40-49 anos: 30-39 anos (50 casos), 20-29 anos (46) e 50-59 anos (39). Em sentido contrário, as faixas etárias com menos casos neste boletim são as dos 0-9 anos (10) e 70-79 anos (12). Com mais de 80 anos há 27 novos infetados.

Separando por faixa etária, os casos confirmados (e os novos casos das últimas 24 horas) ficam assim:

0-9 anos: 938 (+10)
10-19: 1.368 (+15)
20-29: ‬5.260 (+46)
30-39: 5.854 (+50)
40-49: 6.284 (+70)
50-59: 6.034 (+39)
60-69: 3.946 (+31)
70-79: 2.808 (+12)
+80: 4.819 (+27)
Desconhecido: 25

Número de recuperados mais alto dos últimos seis dias

Quanto aos óbitos, regista-se menos um do que na véspera, o que corresponde a um crescimento relativo de 0,1%. A taxa de letalidade (relação entre o número de infetados e óbitos) mantém-se nos 4,1%.

O número de recuperados é o mais alto dos últimos seis dias, não só em termos absolutos (o valor é ultrapassado pelos 403 de quarta-feira) como também relativos (+1,6%).

Há, nestas 24 horas, menos oito pessoas internadas: são agora 423, uma diminuição de 1,9%. Há ainda menos dois doentes em unidades de cuidados intensivos (UCI) do que na segunda-feira (-2,7%): 71 no total. O mínimo destes últimos dois meses e meio no que respeita a estas estatísticas foi obtido a 8 de junho: 366 internados e 55 doentes em UCI.

Alentejo, Açores e Madeira não têm novos casos a registar

A grande maioria dos novos casos detetados em Portugal continua a ser oriunda de Lisboa e Vale do Tejo: 79% do total nacional, ou seja 236 dos 300 novos infetados. No entanto, é um valor que compara favoravelmente com o da véspera (em que se contabilizaram 300 casos, 87% dos registados no país) e que é inferior à percentagem registada na maioria dos últimos dias.

O Norte tem mais 44 casos (15%), o Centro mais 12 e o Algarve mais oito. O Alentejo, Açores e Madeira não têm novos casos a registar.

Em termos absolutos, o Norte continua à frente das restantes regiões, com 17.141 infeções identificadas e 813 mortes. Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo, cada vez mais perto, com 15.364 casos e 431 óbitos, Centro (3.904, 246) e Algarve (407, 15). Completam a lista Açores (143, 15), Alentejo (287, 2) e Madeira (90, zero mortes).

Os concelhos com mais casos de infeção, os únicos acima dos mil casos, são Lisboa (2.922), Sintra (1.983), Vila Nova de Gaia (1.600), Loures (1.492), Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Amadora (1.290), Braga (1.256) e Gondomar (1.093).

Relativamente ao sexo, há mais 155 mulheres e 145 homens infetados com o novo coronavírus. Ou seja, as mulheres (21.057) continuam a superar com alguma distância os homens (16.279), mas o valor não se distancia muito no que concerne a vítimas mortais: 766 mulheres, 756 homens.

Foi ainda na região da capital que se observaram as duas vítimas mortais. De acordo com o boletim da DGS, os óbitos distribuem-se assim:

0-9 anos: 0 mortes
10-19: 0
20-29: 2
30-39: 1
40-49: 17
50-59: 49
60-69: 137 (+1)
70-79: 293 (+1)
+80: 1.023