26 maio 2020 19:18

mohammed hamoud/getty images
Após mais de cinco anos de guerra civil, os iemenitas viram-se forçados a juntar mais um problema ao seu quotidiano: o novo coronavírus, cujos números oficiais estarão muito aquém da realidade. “Se as pessoas sobreviverem ao coronavírus, é provável que morram de malnutrição e fome”, alerta uma estudante ouvida pelo Expresso. Os restantes relatos não vislumbram, no imediato, “um fim para a guerra”. Apenas uma certeza: os cidadãos “estão a combater este vírus sozinhos”
26 maio 2020 19:18
As Nações Unidas descreveram o Iémen como “a pior crise humanitária do mundo” numa altura em que o coronavírus SARS-CoV-2 estava ainda longe de surgir e de fazer manchetes. O país está em guerra civil desde o final de 2014, quando os rebeldes houthis, apoiados pelo Irão, assumiram o controlo do norte, incluindo a capital, Sanaa. A vizinha Arábia Saudita e os seus aliados intervieram no conflito no ano seguinte para recuperarem o terreno conquistado pelos rebeldes e restaurarem o Governo do Presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi. Ambas as fações reclamam para si o poder executivo.