Coronavírus

ACT e CITE defendem que pais podem recusar teletrabalho

ACT e CITE defendem que pais podem recusar teletrabalho
Anthony Garand/Unsplash

Um grupo de trabalhadores de um call center da Randstad em Castelo Branco recusou passar do apoio aos pais para teletrabalho

Expresso

Um grupo de trabalhadores de um call center da Randstad em Castelo Branco recusaram passar do apoio aos pais para teletrabalho, alegando que é impossível trabalhar com as crianças em casa. E a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) deram-lhes razão, conta o “Jornal de Negócios” esta terça-feira.

Em declarações ao jornal, Fátima Messias, da CGTP, diz que esta questão se tem colocado em diversas empresas de call center, que têm “muitos trabalhadores jovens, na sua maioria mulheres e com filhos pequenos”.

“Da mesma forma que essas trabalhadoras não podiam levar os filhos pequenos para o local de trabalho porque não podiam trabalhar e cuidar deles, em casa sucede o mesmo: não conseguem estar a atender chamadas em permanência e a cuidar de uma criança de dois anos e da outra com seis anos em telescola”, aponta.

Na teoria, é a entidade empregadora quem decide quem fica em teletrabalho; e quem está a laborar neste regime não tem direito ao apoio extraordinário à família – que paga 66% do salário base com o valor mínimo de 635 euros.

Desde 30 de abril, a Randstad “tem insistido com as trabalhadoras que devem passar para a situação de teletrabalho”, o que nalguns casos não terá sido acatado.

Os pareceres solicitados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Telecomunicações (SINTTAV) à Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e à ACT de Castelo Branco vieram sustentar a posição das trabalhadoras.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate