Coronavírus

O boletim da DGS à lupa: 2.600 recuperados em dois dias

O boletim da DGS à lupa: 2.600 recuperados em dois dias
MIGUEL A. LOPES/ LUSA

Se na Madeira, Açores e Algarve não se verificaram quaisquer novos casos (nem mortes) nas últimas 24 horas, Lisboa mantém a tendência de ser atualmente o grande ponto de contágio do país: 136 novas infeções (+6 mortes), muito longe das 44 infeções identificadas no Norte, onde foram registadas cinco vítimas mortais

O boletim da DGS à lupa: 2.600 recuperados em dois dias

João Pedro Barros

Editor Online

O boletim da DGS à lupa: 2.600 recuperados em dois dias

Marta Gonçalves

Coordenadora de Multimédia

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde regista mais 13 mortes, 173 casos e 1.794 recuperações em Portugal (dados relativos a domingo).

No total, há agora 1.231 vítimas mortais, 29.209 casos confirmados e 6.430 recuperados.

O resultado de várias análises terá caído no sistema num insuspeito domingo: há agora mais 1.749 pessoas recuperadas em Portugal, uma subida de 38,7% face a ontem, elevando o total de curados ao longo da pandemia para 6.430. Para se perceber a dimensão deste registo, o anterior máximo registado em 24 horas era de 814, na véspera. Ou seja, em dois dias foram adicionados mais de 2.600 recuperados às estatísticas.

Isto significa que, em apenas cinco dias (na quinta-feira eram 3.198), o número de curados mais do que duplicou.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou na tradicional conferência de imprensa diária que o significativo aumento de recuperados é explicado com o facto de as “instituições terem começado a reportar mais” casos de pessoas recuperadas, uma vez que as “instituições estão agora mais aliviadas de trabalho”. Graça Freitas sublinhou ainda que é agora momento de começar a melhorar a informação disponibilizada sobre os casos recuperados.

À meia-noite, os números oficiais registam 628 doentes internados em Portugal com covid-19. São menos 21 (-3,2%) do que na véspera, a descida mais expressiva dos últimos seis dias. Trata-se de um valor quase idêntico ao que se registava a 31 de março (627), uma barreira histórica, visto que foi nos dias seguintes que este número explodiu. Por sua vez, o número de doentes internados continua a descer (menos três, -2,8%), para 105, um valor próximo do mínimo histórico desde março (103, na quarta-feira).

Madeira, Açores e Algarve sem casos

Se na Madeira, Açores e Algarve não se verificaram quaisquer novos casos (nem mortes) nas últimas 24 horas, Lisboa mantém a tendência de ser atualmente o grande ponto de contágio do país: 136 novas infeções (+6 mortes), muito longe das 44 infeções identificadas no Norte, onde foram registadas cinco vítimas mortais. A região Centro contabilizou mais dois casos e mais duas mortes. O Alentejo revelou apenas um caso de infeção no último dia.

Em termos absolutos, o Norte continua destacado, com 16.396 casos e 698 mortes, seguido de Lisboa e Vale do Tejo, com 8.361 infeções e 279 vítimas mortais. A zona Centro conta com 3.628 casos e 223 óbitos no total. O Alentejo soma 243 casos e uma morte, enquanto o Algarve lidou com 356 infeções e 15 óbitos. Finalmente, Açores e Madeira mantêm a cifra dos últimos dias: com 135 e 90 casos e 15 e zero mortes, respetivamente.

Os concelhos com mais casos de infeção, os únicos acima dos mil casos, são Lisboa (1.962), Vila Nova de Gaia (1.485), Porto (1.318), Matosinhos (1.236), Braga (1.154) e Gondomar (1.053).

Separando por faixas etárias, os óbitos distribuem-se assim:

0-9 anos: 0 mortes
10-19: 0
20-29: 1
30-39: 0
40-49: 13
50-59: 40
60-69: 111
70-79: 242
+80: 824

Relativamente às infeções, as mulheres (17.095) mantêm a distância para os homens (12.114). Mas o valor equipara-se no que toca a vítimas mortais: 633 mulheres, 598 homens. Repetindo a fórmula, separando os casos por faixas etárias, este é o retrato dos infetados:

0-9 anos: 528
10-19: 922
20-29: 3.627
30-39: 4.263
40-49: 4.907
50-59: 4.942
60-69: 3.250
70-79: 2.419
+80: 4.351

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: htsilva@expresso.impresa.pt

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