"Distinguir os comércios pelo facto de terem uma porta aberta para a rua, pela razão de se evitarem aglomerados de pessoas, constitui um acto discriminatório e sem fundamento", diz António Sampaio de Mattos, presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais – APCC, para defender a reabertura "de restaurantes, cabeleireiros e outros comércios" a par do comércio de rua, no final do estado de emergência.
Para a APCC, “o Governo deve contemplar os lojistas dos centros comerciais na lista dos que, logo que termine o estado de emergência, serão autorizados a reabrir. Seria uma contradição e um dano adicional para os lojistas não serem autorizados a abrir quando as mesmas atividades fora dos centros comerciais vão retomar a sua atividade", sustenta o dirigente associativo em comunicado.
E justifica esta posição: "no interior dos centros comerciais as normas de segurança, higienização, controlo da lotação e distanciamento social são cumpridas e supervisionadas por equipas especializadas a todo o instante”.
A APCC recorda que os centros comerciais, responsáveis por mais de 100 mil postos de trabalho, se têm mantido em funcionamento durante o estado de emergência, assegurando o abastecimento de bens de primeira necessidade e serviços considerados essenciais pelo Governo, com cumprimento das regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção Geral da Saúde, o que inclui, desde 16 de marco, o controlo da ocupação da área destinada ao público.
“Os centros comerciais e os seus lojistas estão preparados para retomar a normalidade da operação em segurança e em simultâneo com o que acontecer nos restantes sectores da economia”, conclui o responsável.
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