Covid-19. Das dez maiores empresas exportadoras nacionais, só a Repsol Polímeros não teve a produção afetada

Quatro das dez maiores empresas exportadoras estão ainda completamente paradas – a PSA, a Petrogal, a Faurecia e a Visteon
Quatro das dez maiores empresas exportadoras estão ainda completamente paradas – a PSA, a Petrogal, a Faurecia e a Visteon
Expresso
A pandemia irá provocar um tombo significativo nas exportações nacionais – o que, por sua vez, levará a uma queda no PIB. De acordo com o “Jornal de Negócios” esta segunda-feira, das dez maiores empresas exportadoras do país, apenas a Repsol não teve a produção afetada. Todas as unidades da Repsol Polímeros estão a produzir “na sua capacidade nominal”, garantiu ao jornal fonte oficial da empresa, que no ano passado exportou cerca de 500 milhões de euros.
Ao mesmo tempo, quatro das dez maiores empresas exportadoras estão ainda completamente paradas – a PSA, a Petrogal, a Faurecia e a Visteon.
A PSA em Mangualde suspendeu a produção a 18 de março. De acordo com o “Negócios”, a empresa diz já “estar pronta” para retomar a produção “de forma gradual”, mas ainda não definiu uma data. A PSA tem cerca de mil trabalhadores em lay-off.
Com a capacidade de armazenamento quase a atingir o limite, a Petrogal decidiu suspender a atividade das suas refinarias. A Faurecia, fabricante francesa de componentes para o sector automóvel, fechou todas as seis fábricas a 18 de março, colocando mais de 3.700 trabalhadores em lay-off. A Visteon avançou para o lay-off a 23 de março e, segundo o sindicato SIESI, pretende prolongar este regime até 22 de maio.
Das maiores exportadoras, cinco estão a operar de forma condicionada – Autoeuropa, Aptivport, Bosch, Navigator e Continental Mabor.
Até final de março, a produção da Autoeuropa cifrava-se em cerca de 21%, devendo agravar-se para 37% a 40% nos primeiros quatro meses do ano. A Navigator avançou na passada quarta-feira com uma redução de 15% da produção de papel de impressão e escrita devido à queda de encomendas das últimas semanas. A fabricante de pneus Continental Mabor reabriu a 14 de abril mas apenas com metade do pessoal, que troca a cada 15 dias de trabalho.
A Bosch retomou, este mês, a produção nas três fábricas que detém em Portugal, que empregam cerca de 5.900 pessoas. Mas na bracarense Bosch Car Multimedia, o efetivo estará em lay-off parcial, com um horário laboral de quatro dias por semana, pelo menos até 23 de maio. “Houve uma quebra de 50% nas encomendas e 78% na faturação mensal”, disse fonte oficial da empresa.
A Aptivport colocou no início do mês os trabalhadores em lay-off, mas, indicou ao “Negócios” o sindicato SITE-CSRA, na fábrica de Castelo Branco desde 20 de abril que regressaram ao trabalho 305 dos 639 funcionários.
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